Como o excesso de poluição visual e luminosa afeta a visão?

Como o excesso de poluição visual e luminosa afeta a visão?

Os rápidos avanços tecnológicos experimentados pela humanidade nos últimos anos trouxeram mudanças positivas que facilitam a vida de grande da população, mas também desafios que antes não existiam, especialmente no campo da saúde.

Uma delas é o aumento da poluição visual e luminosa, fenômenos característicos de ambientes urbanos que têm gerado preocupações quanto aos impactos na visão e no bem-estar geral. 

Neste artigo, você vai entender o que é a poluição visual e luminosa, como elas afetam a visão e quais as formas mais adequadas de prevenir os danos causados por esses fenômenos.

O que caracteriza poluição visual e luminosa?

Todos os dias, nossos olhos são inundados com uma quantidade exagerada de estímulos visual, seja no trabalho, na rua, em passeios ou viagens, na nossa própria casa ou mesmo na palma da mão.

Grande parte desses estímulos são considerados poluição, visual ou luminosa, que em muitos casos afetam a visão, interferem no olhar e agridem os olhos.

Veja quais são as principais características e diferenças da poluição visual e luminosa:

O que é poluição visual?

A poluição visual é caracterizada pelo excesso de elementos visuais em um ambiente, como outdoors, placas publicitárias, posters, fios elétricos, sinalizações desordenadas, lixo e torres de telefone, entre outros. 

Esse cenário é mais comum em grandes cidades, onde a necessidade de capturar a atenção gera um ambiente lotado de informações. O resultado disso é um aumento considerável no desconforto visual e mental.

O que é poluição luminosa?

Já a poluição luminosa refere-se ao excesso ou má distribuição de luz artificial, principalmente em áreas urbanas. Em muitos casos, esse distúrbio altera a percepção natural do ambiente e dificulta a adaptação ocular à escuridão, sobrecarregando os olhos.

A poluição luminosa é dividida em quatro tipos diferentes:

  • Brilho do céu (sky glow): decorrente das luzes de vapor de sódio ou mercúrio direcionadas para o alto e dispersas na atmosfera, criando um aspecto alaranjado ou esbranquiçado no céu.
  • Luz intrusiva (light trespass): ocorre quando uma luz externa invade um ambiente onde não é necessária, como postes de rua que iluminam janelas de residências.
  • Ofuscamento (glare): resultado de luzes excessivamente brilhantes que dificultam a visão e causam desconforto, especialmente durante a noite, como os farois altos de carros.
  • Desordem (light clutter): uso exagerado de luz artificial, como outdoors ou fachadas comerciais super iluminadas, que distraem ou confundem a visão e podem causar acidentes.

Como vimos, o crescimento das cidades e a popularização de dispositivos eletrônicos intensificaram a presença da poluição visual e luminosa. 

Telas de smartphones, computadores e televisores, somadas à iluminação intensa de centros comerciais e vias públicas, criam um ambiente saturado de estímulos visuais e luminosos, o que dificulta o descanso natural da visão.

Impactos da luz azul e da poluição luminosa na saúde ocular

Uma pesquisa realizada em junho de 2024 pela Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, revelou que o Brasil tem mais de 480 milhões de dispositivos digitais em uso, como computadores, celulares e tablets. Isso equivale a uma média de 2,2 aparelhos por habitante.

Uma característica em comum entre todos esses dispositivos é a presença da luz azul, uma frequência luminosa que torna as imagens mais brilhantes e as cores mais vivas. Apesar de facilitar o uso das telas, esse tipo de luz traz desvantagens para nossos olhos.

Isso acontece porque a luz azul tem menor comprimento de onda (vibra na faixa de 380 a 500 nanômetros) e maior energia, o que a torna capaz de penetrar nas regiões mais profundas dos olhos, como a retina.

Dessa forma, a exposição prolongada a essa luz causa fadiga ocular, que traz consigo outros sintomas, como: 

  • dores de cabeça;
  • visão embaçada;
  • dor no pescoço e nos ombros;
  • olhos irritados e cansados;
  • olhos secos;
  • irritação ocular;
  • ardor nos olhos.

Além disso, a luz azul também inibe a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono, o que afeta o ciclo circadiano, ritmo biológico que regula as funções do organismo ao longo de um dia, como o sono e a vigília.

Por isso, pessoas expostas à luz azul à noite geralmente enfrentam dificuldades para dormir, o que afeta não apenas o descanso ocular, mas também o bem-estar geral.

Outro efeito negativo da exposição à luz azul por longos períodos é o aumento do risco de doenças como degeneração macular relacionada à idade (DMRI), uma condição que compromete a mácula, parte central da retina que é responsável pela visão em detalhes e cores, o que prejudica atividades como leitura e direção.

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Efeitos da poluição visual no cansaço ocular e mental

Não é apenas a luz azul e a poluição luminosa que causam prejuízos à nossa saúde ocular. A poluição visual também provoca efeitos nocivos à visão, pois sobrecarrega os olhos com um fluxo constante de informações.

Outdoors brilhantes, placas de trânsito desordenadas e até mesmo aquele emaranhado de fios elétricos tão comum em grandes cidades brasileiras aumentam o esforço ocular necessário para focar, interpretar e processar esses estímulos. A longo prazo, esses são fatores que contribuem bastante para o cansaço visual.

Além dessa fadiga nos olhos, o excesso de estímulos visuais também gera cansaço mental, o que dificulta a concentração e aumenta o estresse, um fenômeno particularmente prejudicial para pessoas que precisam enfrentar o trânsito diariamente ou trabalham em ambientes externos.

Prejuízos para a visão a longo prazo

A exposição crônica à poluição visual e luminosa não apenas causa fadiga ocular e mental, mas também pode trazer prejuízos mais graves aos olhos.

Um deles é o risco aumentado de formação precoce de catarata, uma doença ocular caracterizada pela opacificação do cristalino, a lente natural do olho, que só pode ser corrigido através de cirurgia.

A poluição luminosa e a luz azul presente em dispositivos eletrônicos também podem acelerar o envelhecimento da retina, o que aumenta a probabilidade de degeneração macular. 

Ainda que os efeitos sejam cumulativos e os danos oculares surjam com o passar dos anos, pessoas expostas a esses fatores desde jovens têm maior chance de apresentar sintomas mais cedo.

Além disso, o excesso de luz artificial reduz a capacidade dos olhos de se adaptar a ambientes escuros, o que pode ser perigoso ao dirigir à noite ou em locais mal iluminados, onde a visão adaptativa é fundamental.

Dicas de proteção contra poluição luminosa e visual

Existem algumas dicas simples que podem ser colocadas em prática no dia a dia para prevenir os olhos contra os danos causados pela poluição luminosa e visual. Veja:

Faça pausas no uso de telas

Para quem passa muito tempo em frente a telas de computador, celular ou tablet, é importante fazer pausas regulares para descansar os olhos.

A regra 20-20-20 pode ser uma aliada contra a fadiga ocular: a cada 20 minutos, olhe para um objeto a 20 pés (6 metros) de distância por pelo menos 20 segundos. Essa prática relaxa os músculos oculares e reduz a tensão acumulada.

Use óculos com filtro de luz azul

Óculos com filtro de luz azul ajudam a minimizar os efeitos nocivos dessa frequência luminosa, especialmente durante o uso prolongado de telas digitais. Essa proteção é essencial para quem trabalha em frente a computadores por longas horas.

Ajuste a iluminação do ambiente

Prefira luzes mais suaves e ajustáveis em casa e no trabalho. Reduza o brilho de dispositivos e evite luzes diretas nos olhos. Ambientes com iluminação natural, sempre que possível, são mais saudáveis para os olhos.

Faça exames oculares regularmente

Consultas regulares com um oftalmologista são fundamentais para identificar precocemente danos causados pela poluição visual e luminosa. Através de diferentes exames de vista, é possível monitorar a saúde ocular e realizar intervenções rápidas quando necessário.

Nesse sentido, considere a Viva Oftalmo como sua melhor opção de cuidados oculares. 

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