Se deparar com a presença de uma mancha amarelada nos olhos é algo que certamente deixaria qualquer pessoa preocupada.
Na maioria dos casos, esse sintoma não é indicativo de problemas graves. No entanto, é preciso estar alerta para possíveis doenças sistêmicas, ou seja, aquelas que afetam múltiplos órgãos ou tecidos do corpo humano.
Neste artigo, você vai descobrir o que pode causar mancha amarelada nos olhos, quando procurar um oftalmologista para avaliação e as opções de tratamento disponíveis.
Acompanhe!
O que é uma mancha amarelada nos olhos e possíveis causas comuns
Apesar de gerar uma justificada preocupação, o aparecimento de uma mancha amarelada na esclera (parte branca do olho), na maioria das vezes, não é indicativo de algum problema grave e geralmente está relacionado a alterações benignas no olho.
Essas manchas costumam variar de tamanho e localização, sendo normalmente assintomáticas. Entretanto, em alguns casos podem vir acompanhadas de desconforto ocular, vermelhidão ou irritação.
As causas mais comuns de manchas amareladas nos olhos são a pinguécula e o pterígio, pequenas lesões que surgem na conjuntiva (membrana transparente do olho) e podem crescer em direção à córnea.
Sem o devido tratamento, essas condições podem afetar a visão e a qualidade de vida do paciente. Por isso, é essencial estar atento à seus sintomas e fatores de risco.
Também é importante mencionar que o amarelado no olho pode estar relacionado a condições mais graves, especialmente se a coloração cobrir toda a parte branca do olho.
Nesses casos, o sintoma indica problemas no fígado ou vesícula, como veremos mais à frente.
Pinguécula e pterígio: como se desenvolvem e sintomas principais
Como dissemos anteriormente, a pinguécula e o pterígio são as causas mais comuns de mancha amarelada nos olhos. Veja a seguir as principais características dessas duas condições:
O que é a pinguécula?
A pinguécula é uma lesão amarelada e ligeiramente elevada que aparece na conjuntiva, a membrana transparente que reveste a parte branca do olho. Geralmente, a mancha se forma no lado interno do olho, próximo ao nariz.
O problema ocorre devido a alterações no tecido conjuntivo, que se torna um depósito de proteínas, cálcio ou gordura, e suas causas não são completamente conhecidas.
O que se sabe é que existem fatores que contribuem para seu desenvolvimento, como o olho seco (seja pela dificuldade em produzir lágrimas ou pelo excesso de tempo em frente às telas digitais), exposição prolongada à radiação ultravioleta (UV), vento e poeira.
Apesar de não ser considerada perigosa nem causar dor, a pinguécula pode causar poucos sintomas, como ressecamento e irritação ocular, vermelhidão, inchaço e sensação de corpo estranho nos olhos.
O que é o pterígio?
O pterígio, também conhecido como “carne no olho”, é uma condição caracterizada pelo crescimento anormal de um tecido fibrovascular amarelado que também afeta a conjuntiva.
Esse tecido costuma crescer lentamente em direção ao centro do olho e em formato de triângulo, podendo se estender até a córnea e causar sérios problemas de visão ao portador.
A doença é mais comum em pessoas com idade entre 20 a 40 anos e idosos. Além disso, normalmente atinge mais homens do que mulheres. Contudo, o pterígio pode surgir em qualquer idade.
Na maioria dos casos, a doença não causa sintomas, exceto pelo incômodo estético de ter uma membrana crescendo no canto do olho. Conforme a doença evolui, alguns sinais começam a se manifestar, como lacrimejamento, visão turva, fotofobia, coceira e ardência nos olhos.
Assim como a pinguécula, os principais fatores de risco do pterígio são a exposição prolongada aos raios UV, vento e poeira. Além disso, o problema também pode surgir devido a uma predisposição hereditária, ou seja, acometer pessoas que têm familiares com a doença.
É importante ressaltar que, conforme o pterígio avança em direção à córnea, a saúde ocular do paciente é afetada.
A visão pode ficar embaçada e distorcida, e caso a doença se aproxime da área central da córnea, pode causar astigmatismo severo. Se atingir a córnea, o problema pode levar à perda da visão no olho afetado.
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Condições sistêmicas e a coloração ocular
A mudança na coloração dos olhos também pode estar relacionada a outras doenças que afetam diferentes órgãos do corpo humano, como fígado, pâncreas ou vesícula biliar.
Quando toda a esclera adquire uma coloração amarelada, geralmente é um sinal de que há excesso de bilirrubina no corpo, um pigmento amarelo produzido naturalmente pelo organismo quando o fígado quebra os glóbulos vermelhos velhos ou danificados.
Normalmente, essa substância — que está ligada diretamente ao processo digestivo — é metabolizada pelo fígado e uma parte significativa dela é eliminada do corpo através da urina e das fezes.
No entanto, quando há algo de errado com o fígado ou com o sistema biliar, a bilirrubina se acumula no sangue e causa a chamada icterícia, ou seja, o amarelamento da pele e dos olhos.
Algumas das possíveis causas do olho amarelo são hepatite, pedra na vesícula, cirrose, anemia hemolítica, pancreatite, malária e até mesmo câncer de fígado.
Além disso, a aparência ocular também pode ser impactada por doenças metabólicas e hematológicas. Um exemplo disso é o xantelasma, uma condição menos comum que se apresenta como placas amareladas elevadas próximas às pálpebras.
Geralmente, essa patologia ocorre devido a níveis elevados de colesterol no sangue, sendo mais um indicativo de problemas metabólicos do que uma condição ocular primária.
Exames para diagnóstico e como identificar a causa
Para determinar a causa exata da mancha amarelada nos olhos, é necessário consultar um oftalmologista, que fará uma avaliação clínica e solicitará alguns exames oculares a fim de diagnosticar o problema com precisão.
Os principais exames recomendados são:
- Exame de lâmpada de fenda, que permite avaliar estruturas oculares internas em detalhe;
- Mapeamento de retina, para avaliar o estado da retina;
- Topografia de córnea, para medir a curvatura da córnea e avaliar possíveis obstruções causadas pelo pterígio;
- Teste de acuidade visual, que permite avaliar a capacidade de visão;
- Teste de Schirmer, que avalia a produção de lágrimas, importante em casos de secura ocular.
Quando a mancha amarelada está associada a sintomas sistêmicos, exames laboratoriais podem ser necessários, como:
Quando há suspeita de doenças em outros órgãos, o médico pode solicitar exames de sangue para avaliar os níveis de bilirrubina, colesterol e enzimas hepáticas do organismo.
Em casos mais complexos, exames de imagem, como ultrassonografia abdominal ou tomografia, podem ser indicados para avaliar a função hepática ou detectar obstruções biliares.
Opções de tratamento e prevenção para manchas nos olhos
O tratamento da mancha amarelada no olho varia de acordo com a causa. Porém, se a pinguécula e o pterígio não provocarem desconforto e se mantiverem como uma pequena lesão, não há necessidade de se realizar qualquer tipo de intervenção.
Já nos casos em que essas condições causam irritação ou inflamação nos olhos, o médico oftalmologista pode indicar tratamento à base de colírios lubrificantes, anti-inflamatórios ou antibióticos, que aliviam os sintomas e previnem complicações.
Quando as lesões se encontram em estágios mais avançados e afetam a visão, estética ou qualidade de vida do paciente, é recomendado realizar um procedimento cirúrgico.
Se a mancha amarelada nos olhos for causada por icterícia decorrente de doenças como hepatite, pedra na vesícula ou cirrose, o tratamento se concentrará em abordar essa condição específica, seja por meio de medicamentos, procedimentos médicos ou cirurgia.
Dicas preventivas
Algumas dicas importantes para prevenir o surgimento de mancha amarelada nos olhos são:
- Use óculos de sol com proteção UV;
- Mantenha os olhos hidratados com colírios lubrificantes;
- Evite exposição prolongada ao sol ou ambientes com poeira e vento;
- Adote uma dieta equilibrada para manter níveis saudáveis de colesterol.
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Quando procurar um oftalmologista para avaliação
Identificar o momento certo para buscar ajuda médica é crucial para prevenir complicações. Você deve procurar um oftalmologista caso a mancha amarelada nos olhos aumente de tamanho, cause dor, coceira, irritação constante ou afete a visão.
Mesmo que a mancha não apresente sintomas, é importante consultar um especialista para descartar problemas mais graves, especialmente se houver histórico de doenças oculares ou sistêmicas.
Lembre-se também que o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações. Por isso, manter um acompanhamento regular com o oftalmologista ajuda a proteger a saúde ocular.
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