O glaucoma é uma doença ocular crônica que pode causar perda irreversível da visão caso não seja diagnosticado e tratado a tempo.
Na maioria dos casos, o glaucoma é assintomático em seus estágios iniciais, e o paciente só percebe algo de errado com a visão quando a doença atinge fases avançadas.
No entanto, existem alguns sinais de alerta que devem ser observados com atenção.
Neste artigo, você vai descobrir quais são os principais sinais de alerta para o glaucoma, como é feito o diagnóstico da doença e a importância de exames regulares para preservação da visão.
O que é o glaucoma e por que é importante reconhecer os sintomas?
O glaucoma é uma doença ocular caracterizada por danos progressivos ao nervo óptico, estrutura formada por milhões de fibras nervosas que são responsáveis por transmitir ao cérebro as informações visuais captadas pela retina.
A principal causa do glaucoma é a pressão intraocular elevada, que ocorre devido ao desequilíbrio entre a produção e a drenagem do humor aquoso, um líquido transparente que circula entre as estruturas do olho.
Com isso, as fibras nervosas que integram o nervo óptico sofrem lesões e morrem de forma gradual, uma vez que não são capazes de se restaurar, levando a redução do campo visual que pode evoluir para a cegueira total quando não tratada.
Além da pressão alta dentro do olho, outros fatores de risco para o surgimento do glaucoma são:
- Histórico familiar da doença;
- Idade acima de 40 anos;
- Hipertensão arterial;
- Uso prolongado de medicamentos à base de corticóides;
- Outras doenças nos olhos, como deslocamento da retina ou tumores.
Existem diferentes tipos de glaucoma, sendo o glaucoma de ângulo aberto o mais comum, que se caracteriza pela obstrução lenta e gradual do humor aquoso, o que leva ao aumento da pressão intraocular e ao dano do nervo óptico.
Já o glaucoma de ângulo fechado surge com menos frequência, porém é mais agressivo e urgente. Ocorre quando há bloqueio súbito do fluxo de humor aquoso, e pode levar a perda irreversível da visão se não tratado imediatamente.
Além desses, há o glaucoma congênito, que afeta recém-nascidos e crianças de até 3 anos, e o glaucoma secundário, que ocorre devido a outras inflamações já presentes nos olhos, como a catarata, hemorragias internas e retinopatia diabética.
A natureza silenciosa do glaucoma
Uma das particularidades mais desafiadoras do glaucoma é sua natureza silenciosa. Na maioria dos casos, a doença não se manifesta em suas fases iniciais, e o paciente só é impactado por sintomas perceptíveis quando ela já atingiu um estágio mais avançado.
Isso não apenas dificulta o diagnóstico precoce, mas também é um dos principais motivos para o glaucoma ser a segunda maior causa de cegueira irreversível no mundo, apenas atrás da catarata.
Sintomas iniciais: pressão ocular e desconforto
Como dissemos anteriormente, o aumento da pressão intraocular é um dos principais fatores de risco para o glaucoma e, apesar da doença ser assintomática nos estágios iniciais, algumas pessoas podem sentir uma leve pressão ou peso nos olhos.
Ainda que muitas vezes passe despercebido, é importante monitorar essa sensação, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.
Além disso, dependendo de cada paciente ou do tipo de glaucoma, outros sintomas podem surgir, como dor intensa nos olhos e ao redor dos olhos, vermelhidão, dificuldade aumentada para enxergar no escuro, dor de cabeça, aumento da pupila, enxergar arcos em volta das luzes ao redor, náusea e vômitos.
Por isso, é importante que toda alteração na vista seja avaliada pelo oftalmologista. Independentemente de qualquer sintoma, o hábito de realizar check-ups oculares preventivos é essencial para identificar doenças, como o glaucoma, ainda em seus estágios iniciais.
Perda de visão periférica e o campo visual
A perda de visão periférica é um dos sinais mais importantes do glaucoma, já que em muitos casos os pacientes só conseguem perceber algo de errado com a vista quando não conseguem enxergar além de objetos que estão à sua frente.
No entanto, esse sintoma é um indicativo claro que a doença já atingiu estágios mais avançados, afetando significativamente a qualidade de vida do paciente.
Isso porque, a visão periférica é uma parte essencial do campo visual que permite ver objetos e movimentos que não estão diretamente focados pelo olhar, ou seja, ela torna possível perceber o ambiente ao redor sem a necessidade de mover os olhos ou a cabeça.
Apesar de não oferecer riqueza de detalhes, a visão periférica é responsável pela detecção de luz e movimento em áreas fora do centro do campo visual, sendo de extrema importância para inúmeras atividades cotidianas, como dirigir, caminhar e praticar esportes.
Sem uma boa visão periférica, simples atividades como as mencionadas acima podem se tornar perigosas, pois a capacidade de detectar perigos, se orientar no espaço e reagir rapidamente seria comprometida.
Quando é hora de procurar um especialista
Detectar o glaucoma nos estágios iniciais é fundamental para prevenir danos irreversíveis ao nervo óptico e reduzir o risco de perda permanente da visão, especialmente para pessoas com histórico familiar da doença.
Para isso, é fundamental realizar o acompanhamento regular com o oftalmologista que, com a ajuda de diferentes exames, é capaz de monitorar a saúde ocular e identificar sinais precoces de glaucoma.
Entre os principais exames solicitados pelo médico, estão:
- Acuidade visual: detecta alterações na visão;
- Tonometria: mede a pressão intraocular;
- Fotografia do nervo óptico: documenta a aparência do nervo;
- Campo visual: verifica a perda de campo visual do paciente;
- Exame com lâmpada de fenda: observa o interior e o exterior do olho.
Vale a pena reforçar que a recomendação para realizar consultas regulares com o oftalmologista não é válida apenas para quem tem histórico familiar de glaucoma, mas também para todas as pessoas acima dos 40 anos, especialmente aquelas com hipertensão arterial, diabetes e doenças cardiovasculares.
Exames de imagem para diagnóstico e acompanhamento do glaucoma
Além dos testes funcionais citados acima, os médicos também costumam solicitar exames de imagem para o diagnóstico e acompanhamento do glaucoma.
Isso porque, a combinação dessas metodologias garante uma avaliação abrangente da saúde ocular e permite personalizar o tratamento para cada paciente, assim como monitorar a eficácia das intervenções.
A tomografia de coerência óptica (OCT) é um dos principais exames para detectar danos precoces e monitorar a progressão do glaucoma, pois tem a capacidade de medir a espessura das fibras nervosas da retina e do nervo óptico.
Outro exame importante para complementar o diagnóstico e acompanhamento do glaucoma é a retinografia colorida, que fornece imagens detalhadas do fundo do olho e permite uma análise aprofundada da retina e do nervo óptico.
Prevenção e cuidados contínuos
Ainda que o glaucoma seja uma doença que não tem cura, a adoção de hábitos saudáveis permite controlar a doença e garantir uma melhor qualidade de vida para o paciente, como:
- Manter uma dieta balanceada, rica em antioxidantes e nutrientes benéficos para os olhos, como vegetais de cores variadas, frutas cítricas e vermelhas, peixes de água fria (salmão, atum, etc) e oleaginosas (nozes, castanhas, etc).
- Praticar atividades físicas moderadas, como caminhada, corrida leve, ciclismo e natação. No entanto, é recomendável consultar o oftalmologista antes de iniciar os exercícios, a fim de avaliar possíveis restrições ou precauções.
- Gerenciar o estresse através de técnicas de relaxamento (meditação, massagem, acupuntura), cultivo de hobbies e atividades que proporcionem prazer e satisfação, como ler, ouvir música, assistir a filmes, pintar, desenhar, escrever, etc.
- Proteger os olhos de lesões e traumas, com o uso de óculos adequados durante trabalhos manuais, esportes, laboratórios e certas atividades domésticas
Assim como os cuidados preventivos, o tratamento do glaucoma (geralmente feito com o uso de colírios específicos para reduzir a pressão ocular) também deve ser contínuo.
O mesmo vale para as consultas oftalmológicas, que visam acompanhar a progressão da doença e avaliar a eficácia do tratamento. Durante as visitas, o médico pode realizar exames clínicos e complementares para verificar a pressão intraocular, o estado do nervo óptico e a saúde geral dos olhos.
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