Os tipos de glaucoma apresenta quadros clínicos diferentes, evoluem de maneiras distintas e, consequentemente, pedem diferentes tratamentos.
O glaucoma é uma doença ocular caracterizada pelo aumento progressivo da pressão interna no olho, resultando em danos ao nervo óptico.
Dados da OMS revelam que o glaucoma é a segunda principal causa de cegueira irreversível do mundo, ficando apenas atrás da catarata.
De modo geral, o glaucoma é uma doença assintomática e aparece com maior frequência em homens e mulheres acima dos 40 anos. Contudo, é importante se atentar para o fato de que há vários tipos de glaucoma.
Neste artigo você vai conhecer um pouco mais sobre os tipos de glaucoma e como eles podem se manifestar.
Quais são os tipos de glaucoma?
A oftalmologia reconhece atualmente 4 tipos de glaucoma. Em todos eles existe algum tipo de alteração no trabeculado, que é o canal ocular responsável pela drenagem natural do humor aquoso natural dos olhos.
A concentração e o excesso desse líquido é o principal responsável pelo aumento da pressão interna no olho, que vem a ser a grande causadora do glaucoma.
Conheça abaixo cada tipo:
Glaucoma primário de ângulo aberto
É a variação mais comum do glaucoma, ocorrendo em cerca de 80% dos casos. No glaucoma primário de ângulo aberto, a progressão da doença é lenta, prejudicando primeiramente a visão periférica do paciente. Se não tratado, pode levar à cegueira completa em alguns anos.
Assim como boa parte das doenças oculares, suas verdadeiras causas ainda não são completamente esclarecidas. Porém, é classificada como uma doença crônica e hereditária.
Devido à ausência de sintomas, costuma ser diagnosticada apenas em estágios mais avançados. Outros sinais que podem estar associados a esse tipo de glaucoma são:
- Dores de cabeça.
- Perda gradual da visão.
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Glaucoma de ângulo fechado
É a variante mais agressiva da doença, sendo considerado um caso de emergência.
Pacientes com glaucoma de ângulo fechado podem ficar cegos em questões de horas, já que o problema resulta de uma má formação anatômica que pode abruptamente bloquear o trabeculado.
Essa ocorrência resulta em um aumento drástico na quantidade de líquido aquoso no olho, elevando muito os níveis de pressão intraocular.
Ao contrário dos outros tipos de glaucoma, essa variante apresenta sintomas mais expressivos, como:
- Dor muito intensa na cabeça e nos olhos.
- Perda repentina de visão ou visão muito embaçada.
- Náuseas e vômitos.
- Presença de halos na visão (círculo de luz coloridos ao redor de fontes de luz).
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Glaucoma secundário
Dentre os tipos de glaucoma, é o único fortemente motivado por fatores externos. Nesse caso, o aumento de pressão ocorre devido a outras inflamações já presentes nos olhos, como a catarata, hemorragias internas e retinopatia diabética.
O problema também pode decorrer do uso continuado de colírios ou medicamentos com a presença de corticóides.
O glaucoma secundário não costuma apresentar sintomas até seus estados avançados e é muito comum que seja “ofuscado” pela outra condição que o proporcionou, podendo até mesmo demorar mais a ser diagnosticado.
Por essa razão, ressaltamos ainda mais a necessidade da realização periódica de checagens com o oftalmologista, especialmente se você teve alguma outra inflamação ocular recente ou acidente (batidas, traumas) que possam ter afetado a área.
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Glaucoma congênito
É uma condição mais rara, caracterizada por uma má-formação no trabeculado que começa desde o útero materno. Assim, o bebê já nasce com glaucoma, que pode ser identificado pela presença de buftalmo (aparência azulada e aumentada do olho). Afeta especialmente crianças recém-nascidas, até os 3 anos de idade.
Essa condição pode ser diagnosticada com eficiência pelo teste do olhinho. Além do buftalmo, outros sintomas associados a essa doença podem ser:
- Olhos vermelhos.
- Lacrimação em excesso.
- Fotofobia.
Diagnóstico para os tipos de glaucoma
O diagnóstico para o glaucoma pode ser feito a partir de diferentes tipos de exames, como:
- Tonometria de aplanação.
- Fundo de olho.
- Campo visual.
- Gonioscopia.
- Teste do olhinho, no caso dos bebês.
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Tratamento para os tipos de glaucoma
O glaucoma é uma doença crônica e, por isso, não tem cura. Porém, é uma doença ocular que deve ser tratada para prevenir os danos ao nervo óptico, que podem resultar em casos de cegueira irreversível.
O principal tratamento para glaucoma é feito por meio de colírios específicos, receitados pelo oftalmologista com o intuito de reduzir a pressão intraocular.
Alguns exemplos de colírios especializados para o tratamento dessa doença são: betabloqueadores, agonistas adrenérgicos, inibidores de anidrase carbônica e outros.
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Cirurgia para os tipos de glaucoma
A cirurgia para glaucoma é indicada apenas quando o tratamento primário com colírios não está mostrando resultados.
Os principais procedimentos cirúrgicos para o glaucoma são:
- Trabeculectomia.
- Trabeculoplastia seletiva.
- Implante de tubo de drenagem.
- Procedimentos ciclodestrutivos.
- Cirurgias minimamente invasivas de glaucoma (MIGS).
Em geral, é uma cirurgia coberta pelo SUS e pela maioria dos planos de saúde, de acordo com Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde de 2018 da ANS.
Se relatada a necessidade de fazer a cirurgia para glaucoma, é necessário que seja realizada o mais rápido possível, a fim de reduzir os riscos de danos ao nervo óptico, que são constantes até que seja feita a redução de pressão intraocular.
Converse com seu oftalmologista para entender a urgência, o procedimento e as recomendações mais indicadas para o seu caso.
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A Viva Oftalmo pode te ajudar!
Uma pesquisa do IBGE denominada “Um olhar para o glaucoma no Brasil”, revelou que cerca de 25% dos brasileiros só vão ao oftalmologista quando sentem algum tipo de incômodo nos olhos.
Isso é perigoso principalmente considerando a natureza de doenças oculares que não costumam apresentar sintomas em seus estágios iniciais.
O diagnóstico precoce é sempre a melhor ferramenta para o tratamento de todas as doenças oculares, como todos os tipos de glaucoma.
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