Os sintomas de um quadro de derrame ocular –– sangramento nos olhos, ardor, sensibilidade à luz, entre outros –– costumam causar bastante receio nas pessoas. Afinal, os olhos são uma região extremamente delicada e importante, e qualquer dano pode gerar grande impacto na qualidade de vida.
Condição que ainda gera muitas dúvidas, o derrame ocular pode ter diversas causas, sintomas e diferentes graus de risco.
Neste artigo vamos te explicar o que é o derrame ocular, quais as suas possíveis causas, seus riscos e os cuidados necessários.
Boa leitura!
O que é derrame ocular?
O derrame ocular, também conhecido como hiposfagma, é uma condição que ocorre quando há o rompimento de pequenos vasos sanguíneos, na maioria das vezes localizados na conjuntiva, membrana fina e transparente que recobre a parte branca do olho (esclera) e a parte interna das pálpebras.
Esse rompimento leva a uma hemorragia, que resulta na aparência avermelhada na superfície do olho.
Na maioria dos casos, o derrame ocular tende a resolver-se por conta própria, em alguns dias ou semanas, à medida que o sangue é absorvido pelo organismo. No entanto, é importante procurar um oftalmologista para avaliar o quadro e descartar qualquer outra condição subjacente que possa estar causando a hemorragia.
Isso porque em poucos e raros casos, o derrame ocular pode ser sinal de um problema de saúde mais sério, como lesão ocular grave, hipertensão, diabetes ou distúrbios de coagulação.
Tipos de derrame ocular
O derrame ocular é classificado de acordo com o local onde a hemorragia acontece. Sendo assim, os tipos existentes são:
1. Hemorragia subconjuntival
A hemorragia subconjuntival é o tipo mais comum de derrame ocular. Como dissemos anteriormente, ela ocorre quando há o rompimento de pequenos vasos sanguíneos na conjuntiva.
O sangue então vaza para o espaço entre a conjuntiva e a esclera (a camada branca do olho), resultando em uma mancha avermelhada ou rosada na superfície do olho.
2. Hemorragia vítrea
A hemorragia vítrea ocorre quando um vaso sanguíneo localizado dentro do olho se rompe e sangra para o vítreo, uma substância gelatinosa e transparente que preenche a maior parte do globo ocular e é composto por 99% de água.
As hemorragias vítreas podem ser mais preocupantes do que as subconjuntivais, uma vez que afetam diretamente a visão. Elas podem ser causadas por condições como diabetes, traumas oculares ou doenças vasculares.
3. Hifema
O hifema é caracterizado quando os vasos sanguíneos se rompem dentro da câmara anterior do olho, entre a córnea (a parte transparente na frente do olho) e a íris (a parte colorida do olho).
Na maioria das vezes, é causado por um trauma ocular. A condição deve ser avaliada por um oftalmologista e requer tratamento adequado, sob risco de causar sérios problemas oculares ao paciente.
Sintomas do derrame ocular
Na maioria das vezes, casos de derrame ocular não costumam causar dor nem afetar a visão. Em algumas situações, o paciente pode sentir algum desconforto causado pela irritação na superfície do olho, provocado pelo sangue acumulado.
Dessa forma, o sintoma mais característico do problema é a vermelhidão súbita e visível no olho afetado. Além disso, os derrames oculares podem vir acompanhados de alguns sinais, como:
- Visão embaçada;
- Sensibilidade à luz;
- Dor ou sensação de pressão no olho;
- Secreção ocular.
Quais as possíveis causas do derrame ocular?
Para determinar as possíveis causas do derrame ocular, geralmente o oftalmologista precisa saber qual o tipo de hemorragia ocasionou o problema. Entre os principais fatores que podem ocasionar essa condição, podemos citar:
- Traumas, como uma batida que cause impacto direto no olho, mesmo que leve.
- Atividades que envolvem esforço físico intenso, como levantar objetos pesados ou praticar exercícios extenuantes.
- Coçar ou esfregar os olhos com força, seja por irritação ou coceira.
- Crises de tosse, vômitos ou espirros repetidos.
- Pressão arterial elevada, que pode enfraquecer os vasos sanguíneos e torná-los mais suscetíveis a rupturas.
- Uso de medicamentos anticoagulantes, que podem aumentar o risco de derrames oculares.
- Infecções oculares, como conjuntivite grave, podem causar inflamação e ruptura dos vasos sanguíneos.
- Pós-cirúrgico no olho ou pálpebras.
- Pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver problemas vasculares, incluindo derrames oculares.
- Condições médicas que alteram a capacidade de coagulação do sangue, como a hemofilia, podem aumentar a probabilidade de derrames oculares.
Derrame ocular: tratamentos, riscos e prevenção!
Na maioria dos casos, nenhum tratamento é necessário para o derrame ocular, já que a condição desaparece por conta própria em alguns dias ou semanas. No entanto, se houver desconforto ou incômodo, o oftalmologista pode recomendar a aplicação de compressa de água fria no olho ou colírios lubrificantes para aliviar a irritação.
Os principais riscos associados ao derrame ocular são as causas subjacentes, como hipertensão, diabetes e problemas de coagulação sanguínea, já que a hemorragia pode ser um fator de risco para essas enfermidades.
E, embora não haja uma forma de se prevenir completamente do derrame ocular, algumas medidas podem ser adotadas para reduzir seu risco, como:
- evitar coçar os olhos com força;
- utilizar óculos de proteção ao praticar esportes, a fim de evitar traumas;
- controlar a pressão arterial;
- acompanhar os níveis de glicose no sangue (para pacientes diabéticos);
- entre outros.
Além disso, é fundamental se consultar regularmente com um oftalmologista, para acompanhamento e prevenção de doenças que possam afetar o olho de maneira grave. Se você perceber alguma mancha avermelhada no olho, procure um médico especialista para confirmar o diagnóstico e descartar a possibilidade de causas subjacentes mais sérias, como pressão alta ou diabetes, que necessitam de tratamento imediato.
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