Olho amarelo: o que pode ser?

O olho amarelo é um sintoma que geralmente indica problemas em órgãos como fígado ou pâncreas, devido ao acúmulo de bilirrubina na corrente sanguínea. 

Neste artigo, você vai entender o que pode causar o olho amarelo, quais são os riscos que este sinal oferece à sua saúde e as opções de tratamento. 

Acompanhe!

O que causa o olho amarelo?

Quando a esclera (parte branca do olho) adquire uma coloração amarelada, geralmente é um sinal de que há excesso de bilirrubina no organismo. Na maioria das vezes, isso acontece devido a problemas em algum desses três órgãos: fígado, pâncreas ou vesícula biliar.

A bilirrubina é um pigmento amarelo produzido naturalmente pelo organismo quando o fígado quebra os glóbulos vermelhos velhos ou danificados. Normalmente, essa substância — que está ligada diretamente ao processo digestivo — é metabolizada pelo fígado e uma parte significativa dela é eliminada do corpo através da urina e das fezes.

No entanto, quando há algo de errado com o fígado ou com o sistema biliar, a bilirrubina se acumula no sangue e causa a chamada icterícia, ou seja, o amarelamento da pele e dos olhos.

Algumas das possíveis causas do olho amarelo são:

Hepatite

A hepatite é uma inflamação do fígado, muitas vezes causada por vírus, como os da hepatite A, B ou C. O problema também pode surgir devido ao uso de medicamentos ou excesso de álcool. Quando o fígado está inflamado, o processamento da bilirrubina não ocorre de forma adequada e a substância se concentra na corrente sanguínea, o que leva à icterícia e ao olho amarelo.

Pedra na vesícula

As pedras na vesícula, também chamadas de cálculos biliares, são uma espécie de pequenos cristais duros que se formam na vesícula biliar. Se uma dessas pedras bloquear os ductos biliares, a passagem de bilirrubina para o intestino é interrompida, causando o olho amarelo.

Cirrose

A cirrose é uma condição na qual o tecido saudável do fígado é substituído por tecido fibroso, semelhante à cicatrizes, devido a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, gordura no fígado ou hepatites. Esse processo compromete o funcionamento do fígado parcial ou totalmente, o que resulta no acúmulo de bilirrubina e a icterícia.

Câncer de fígado

O câncer de fígado é uma doença caracterizada pelo crescimento anormal de células defeituosas na região. Assim como a hepatite e a cirrose, o tumor maligno no fígado prejudica a função hepática normal. Apesar de muitas vezes não causar sintomas em sua fase inicial, à medida que a doença avança, podem surgir sintomas como pele e olhos amarelados.

Doença de Gilbert

A doença de Gilbert é uma condição genética que afeta a capacidade do fígado de metabolizar a bilirrubina. Com isso, a substância se acumula na circulação e provoca sintomas como pele e olhos amarelados. A icterícia, nesses casos, surge com mais frequência em episódios de estresse emocional, desidratação, jejum prolongado e atividades físicas intensas.

Anemia hemolítica

A anemia hemolítica é uma doença autoimune na qual o próprio sistema imunológico da pessoa cria anticorpos para atacar e destruir as células vermelhas do sangue. Com isso, a bilirrubina é liberada na corrente sanguínea, causando sintomas como olho amarelo, cansaço excessivo, barriga inchada e dor no peito.

Pancreatite 

A pancreatite é a inflamação do pâncreas causada por fatores como consumo excessivo de bebidas alcoólicas, pedra na vesícula, doenças autoimunes ou uso de determinados medicamentos. Como a pancreatite também interfere na função hepática normal, um de seus sintomas mais comuns são olhos amarelos.

Icterícia neonatal 

A icterícia neonatal é uma ocorrência bastante comum em recém-nascidos, especialmente em casos de partos prematuros, causada pelo excesso de bilirrubina no sangue, o que resulta em pele e olhos amarelados. Na maioria das vezes, a icterícia neonatal ocorre porque o fígado do bebê não está completamente maduro. Geralmente, o problema desaparece de forma espontânea em cerca de duas semanas.

Malária

A malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos, causada por parasitas do gênero Plasmodium, que se multiplicam no fígado e atingem a corrente sanguínea, causando a destruição dos glóbulos vermelhos. Com isso, a bilirrubina é liberada no sangue, o que provoca sintomas com a icterícia.

Riscos do olho amarelo

Olho amarelo tratamento

Ainda que o olho amarelo possa ser preocupante, nem sempre é indicativo de uma condição grave. No entanto, quando o sintoma vem acompanhado de certos sinais de alerta, é essencial buscar ajuda médica imediatamente. Alguns desses sinais são:

Amarelamento repentino da pele e dos olhos

Quando o amarelamento dos olhos e também da pele ocorre de forma repentina, é importante procurar um médico imediatamente, já que este pode ser um sinal de problema grave no fígado, especialmente se for acompanhado de outros sintomas como dor abdominal intensa, febre alta, náuseas ou vômitos.

Urina escura

Se além do olho amarelo houver a presença de urina escura, semelhante à cor de coca-cola, você deve ser avaliado por um profissional de saúde o mais rápido possível, pois esses sintomas indicam problemas no fígado ou na vesícula biliar.

Fadiga persistente

Se a icterícia for acompanhada por fadiga persistente, fraqueza, perda de apetite ou perda de peso inexplicada, é importante buscar orientação médica para determinar a causa dos sintomas.

Alterações mentais

Em casos mais graves, o acúmulo de bilirrubina no cérebro pode causar alterações mentais, como confusão, sonolência ou comportamento incomum. Esses sintomas exigem atenção médica imediata.

Tratamentos para olho amarelo

O tratamento para o olho amarelo depende da causa subjacente da icterícia. Dessa forma, o primeiro passo é realizar um diagnóstico preciso para identificar qual o motivo do aparecimento do sintoma. Para isso, geralmente é adotada uma combinação de exames físicos, exames laboratoriais (sangue) e exames de imagem, como ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

A depender do diagnóstico, o procedimento terapêutico adotado pelo médico pode incluir:

  • Tratamento da causa principal: se a icterícia for causada por uma doença como hepatite, pedra na vesícula ou cirrose, o tratamento se concentrará em abordar essa condição específica, seja por meio de medicamentos, procedimentos médicos ou cirurgia.
  • Medicamentos: em determinados casos, podem ser prescritos medicamentos para ajudar o fígado a processar a bilirrubina de forma mais eficiente ao reduzir a inflamação do fígado, estimular a produção de bile ou ajudar na digestão.
  • Dieta e estilo de vida: nos casos de doenças hepáticas crônicas, como a própria cirrose, pode ser recomendada uma dieta especializada e mudanças no estilo de vida para ajudar a controlar os sintomas e prevenir complicações.
  • Transplante de fígado: o transplante de fígado para substituir o órgão doente por um saudável pode ser necessário nos casos de doença hepática grave, como cirrose avançada ou câncer de fígado.

É fundamental seguir as recomendações médicas e fazer o acompanhamento regular para monitorar a função hepática e ajustar o tratamento conforme necessário.

Também é importante lembrar que visitar o oftalmologista regularmente para fazer exames preventivos e acompanhar a saúde visual é uma das principais medidas para proteger seus olhos. 

Muitas doenças oculares são silenciosas e podem se agravar se não forem tratadas a tempo. Por isso, é importante consultar o médico pelo menos uma vez por ano, dependendo do seu caso e histórico familiar. 

Nesse sentido, considere a Viva Oftalmo como sua melhor opção de cuidados oculares. 

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