Como tratar o descolamento de retina

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O descolamento de retina (quando esta camada mais interna do olho se desprende do globo ocular) representa uma condição oftalmológica emergencial, podendo desencadear diversas problemas de visão. 

Moscas volantes e flashes de luz no campo visual normalmente antecedem esse problema, sendo que a negligência do caso pode resultar em cegueira total e irreversível.

O artigo indica as formas de tratamento e quando é recomendado cada um deles. Acompanhe a leitura!

O tratamento vai depender de três fatores, que são eles: extensão do descolamento, gravidade e o tipo.

É importante saber que todas as técnicas são essencialmente cirúrgicas, exceto se não for encontrada infiltração do vítreo.

Em regra, uma intervenção é suficiente para amenizar e tratar o problema, embora haja situações em que mais de um procedimento seja necessário.

Confira abaixo os principais métodos disponíveis no mercado oftálmico.

1. Fotocoagulação a laser e criopexia 

Aqui temos dois exemplos clássicos de recursos terapêuticos, comumente usados quando não existe a infiltração do vítreo (vazamento da substância transparente que preenche o olho) devido a ruptura da retina.

Basicamente, cicatrizes se formam a partir do congelamento da área em torno do orifício, com a finalidade de parar a passagem do vítreo e, desse modo, auxiliar na fixação da membrana.

O tempo de afastamento das atividades cotidianas, depois de feito o procedimento, costuma ser de duas semanas.

+Veja também: Descolamento de retina: o que é e como acontece?

2. Retinopexia pneumática

É injetado gás ou bolha de ar na cavidade onde está o vítreo, isso pressiona a região do descolamento, ao mesmo tempo que evita a passagem de líquido pela rasgadura. Esse gás é reabsorvido aos poucos pelo organismo.

Em geral, são indicados cuidados mais rígidos após o procedimento para auxiliar na cicatrização. Dentre eles, está a indicação de não olhar para cima por determinado tempo.

3. Introflexão escleral 

A técnica cirúrgica implanta uma espécie de faixa ou esponja de silicone ao redor do olho, cuja função é compelir a esclera (branco dos olhos) para apoiar a retina e, assim, facilitar o processo de ligação.

Pode ser feita isoladamente ou em conjunto com a técnica de vitrectomia, que veremos a seguir.

Após o procedimento, o tempo de repouso costuma ser de 1 a 2 semanas para atividades rotineiras.

4. Vitrectomia

As microincisões, também utilizadas no trato de outros distúrbios oculares, introduz instrumentos de tamanho minúsculo para corrigir os defeitos que levaram ao problema.

Esta é um exemplo de técnica, inclusive, que pode ser associada a outras – como criopexia ou introflexão escleral – durante o tratamento.

No caso de lesões mais extensas ou de vários rasgos ou furos, o cirurgião pode criar também uma fivela escleral (essa fivela, contudo, fica no local pelo resto da vida) que circunda todo o olho como um cinto. 

Dependendo da localização e seriedade do caso, a vista pode não se recuperar totalmente. Por isso a importância de uma prevenção.

O tempo de repouso pode variar entre 1 a 4 semanas, a depender da avaliação do médico especialista.

Leia mais: Como é feita a cirurgia de vitrectomia e quais as suas indicações

Como prevenir o descolamento de retina?

Patologias oculares, como o descolamento de retina, costumam aparecer sem aviso prévio, podendo ser prevenidas ou tratadas com mais sucesso se diagnosticadas precocemente. Daí a importância de ir ao oftalmologista pelo menos uma vez ao ano e de antecipar esta visita ao sinal de qualquer alteração visual.

Recomenda-se evitar, também, o uso de colírio sem prescrição médica; cada colírio tem uma função específica e, por isso, a indicação do oftalmologista é fundamental.

Além desses, é necessário prevenir qualquer trauma nos olhos que possa impactar no descolamento; seja por meio de um esporte mais radical ou de acidentes, por exemplo.

Para pacientes com diabetes, recomenda-se seguir com o controle da sua glicose e com a consulta periódica com o oftalmologista. Sabe-se que este grupo faz parte dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças oftalmológicas.

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