O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres, e, apesar de afetar diretamente o tecido mamário, suas consequências podem se estender a outras partes do corpo, inclusive os olhos.
A metástase, ou a disseminação do câncer para outras áreas, resulta em complicações em órgãos e sistemas distantes do local original do tumor.
Entre essas complicações, estão os problemas de visão, que podem surgir devido ao próprio câncer ou como efeito colateral dos tratamentos oncológicos.
Neste artigo, você vai descobrir como o câncer de mama pode afetar a visão e quando é necessário procurar um oftalmologista durante o tratamento da doença.
Acompanhe!
Relação entre o câncer de mama e a visão
O câncer de mama é capaz de causar impactos significativos na visão de maneiras diversas, seja devido ao seu alto potencial metastático ou pelos efeitos negativos provocados por tratamentos mais agressivos.
Quando a doença se dissemina para outras partes do corpo, ela pode alcançar áreas como os ossos, pulmões, fígado e até mesmo os olhos, na chamada metástase ocular, que afeta diretamente as estruturas visuais.
Isso acontece porque algumas células cancerígenas entram na circulação sanguínea ou linfática e se alojam nos tecidos oculares.
Grande parte das metástases no olho atingem a coroide – camada de tecido vascular que se encontra entre a esclera (parte branca do olho) e a retina – mas também podem afetar a íris, corpo ciliar, nervo óptico, vítreo e a própria retina.
Sinais de alerta relacionados à visão em pacientes com câncer de mama
Pacientes com câncer de mama devem estar atentas a quaisquer mudanças na visão, pois esses sintomas podem ser indicadores de complicações oculares graves.
Alguns dos sinais de alerta que necessitam de atenção médica são:
- Visão embaçada ou turva;
- Perda súbita de visão;
- Sensação de pressão nos olhos;
- Dor ocular persistente;
- Percepção de flashes de luz ou sombras no campo de visão;
- Dificuldade em focar objetos;
- Distorção da imagem;
- Inchaço ou protuberância nos olhos;
- Desvio do globo ocular;
Esses são sintomas que podem indicar a presença de metástase ocular ou outros problemas oculares relacionados ao câncer, como deslocamento da retina ou aumento da pressão intraocular, e exigem a consulta imediata com um oftalmologista para avaliação e tratamento adequados.
Efeitos colaterais dos tratamentos oncológicos
Além da própria metástase proveniente do câncer de mama, os tratamentos oncológicos, como a quimioterapia e a radioterapia, podem provocar efeitos colaterais importantes nos olhos.
A quimioterapia é um dos principais tratamentos para o câncer de mama e envolve o uso de medicamentos para destruir as células cancerígenas e impedir que se multipliquem pelo organismo.
No entanto, esses medicamentos também afetam as células saudáveis, o que pode levar a sérias complicações nos olhos caso o paciente não seja acompanhado regularmente por oftalmologista.
Já a radioterapia, que utiliza radiação ionizante para destruir células doentes ou reduzir o tamanho de tumores, também pode afetar a visão, especialmente quando direcionada para a região da cabeça e pescoço.
Entre complicações oculares mais comuns causadas por tratamentos oncológicos, estão:
- Síndrome do olho seco: Tratamentos como quimioterapia e radioterapia podem levar à síndrome do olho seco, uma condição que surge quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou de boa qualidade para manter a superfície ocular hidratada.
- Catarata: O uso prolongado de certos quimioterápicos ou a exposição à radiação aumenta o risco do paciente desenvolver catarata, uma doença que deixa o cristalino (a lente natural do olho) opaco e dificulta a visualização de imagens.
- Neuropatia óptica: A quimioterapia também pode danificar o nervo óptico, estrutura responsável por transmitir informações visuais do olho para o cérebro, e levar a perda súbita ou progressiva da visão.
- Retinopatia por radiação: A exposição à radiação pode causar danos nos vasos sanguíneos e na retina, o que resulta em visão embaçada, manchas cegas ou perda de visão.
Outras abordagens terapêuticas, como terapias hormonais ou terapia alvo, também podem causar alterações na visão.
Por isso, pacientes em tratamento oncológico devem relatar qualquer sintoma visual ao médico o mais cedo possível. Dessa forma, é possível realizar uma avaliação oftalmológica e dar início aos cuidados necessários.
Metástase óssea: impactos no sistema ocular
A metástase óssea, uma complicação comum do câncer de mama, pode afetar ossos em várias partes do corpo, incluindo o crânio, e trazer sérias consequências para a visão.
Quando o câncer de mama se espalha e atinge o crânio, estruturas próximas aos olhos, como nervos e vasos sanguíneos, são pressionadas.
Essa pressão pode comprometer a função visual, resultando em sintomas como visão dupla, perda de campo visual, alterações na percepção de profundidade e até mesmo cegueira.
Além disso, as metástases nos ossos do crânio podem invadir a órbita, afetando diretamente o globo ocular e causando dor, inchaço e movimento limitado dos olhos, o que prejudica ainda mais a visão do paciente.
O tratamento da metástase óssea e das complicações oftalmológicas provenientes dela geralmente é feito com radioterapia para reduzir o tumor, bem como terapias medicamentosas para aliviar a pressão sobre os olhos e restaurar a função visual.
Exames oftalmológicos em pacientes com câncer
Pacientes em tratamento de câncer de mama devem incluir consultas regulares ao oftalmologista como parte de seu acompanhamento médico.
Isso é importante porque, além de monitorar possíveis complicações relacionadas ao câncer, o oftalmologista é capaz de identificar precocemente qualquer alteração ocular decorrente da doença ou de seus tratamentos, o que permite uma intervenção rápida.
A detecção precoce de complicações visuais pode prevenir danos permanentes à visão e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Os principais exames de imagem utilizados para monitorar a saúde ocular em pacientes oncológicos incluem:
- Tomografia de Coerência Óptica (OCT): Um exame não invasivo que permite a visualização detalhada de diversas estruturas oculares, importante para identificar alterações precoces no olho.
- Angiografia Fluorescente: Utilizada para avaliar a circulação sanguínea na retina e no fundo do olho a fim de identificar danos causados por radiação ou quimioterapia.
- Ultrassonografia Ocular: Ajuda a analisar a anatomia e as estruturas internas do olho para detectar massas ou lesões tumorais na órbita ocular.
Esses exames são essenciais para garantir que qualquer complicação seja diagnosticada e tratada a tempo, minimizando o impacto na visão.
Quando procurar um oftalmologista durante o tratamento do câncer
É fundamental que pacientes em tratamento para o câncer de mama estejam cientes de certos sinais visuais que indicam a necessidade de procurar um oftalmologista imediatamente.
A visão prejudicada persistente, perda súbita de visão (mesmo que parcial), dor ocular intensa, inchaço, visão dupla e halos ao redor das luzes são todos sintomas que indicam uma avaliação médica urgente.
Como dissemos anteriormente, a identificação precoce de problemas oculares pode evitar complicações mais graves e possibilitar um tratamento mais eficaz.
Por isso, a integração do acompanhamento oftalmológico ao tratamento oncológico é essencial para garantir a saúde visual do paciente durante e após o tratamento contra o câncer.
Esse acompanhamento multidisciplinar garante que a visão do paciente seja preservada ao longo da jornada contra o câncer de mama.
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