Oftalmopatia de Graves é uma condição oftalmológica que merece atenção especial. A saúde dos nossos olhos é de suma importância, afinal, é por meio deles que experimentamos o mundo ao nosso redor. No entanto, existem diversas condições oftalmológicas que podem afetar a visão e a saúde ocular. Esta é uma doença autoimune que impacta os tecidos retrobulbares dos olhos, sendo frequentemente associada ao hipertireoidismo, embora também possa ocorrer independentemente.
Neste artigo, mergulharemos nas profundezas dessa condição oftalmológica, explorando o que é, como se manifesta, seus sintomas, diagnóstico e outras informações cruciais. Se você deseja entender melhor essa condição e como ela pode afetar sua saúde ocular, continue a leitura. Vamos lá?
O que é a oftalmopatia de graves?
Como você já viu, este é um problema auto-imune que afeta os tecidos retrobulbares dos olhos.
Está diretamente relacionada com o hipertireodismo, mas é possível encontrar o problema mesmo sem a relação com a doença acima.
Ela é uma alteração da órbita provocada diretamente por uma doença na glândula tireóide. É caracterizada por um deslocamento do globo ocular para frente (conhecido por proptose) que pode ocorrer em um ou nos dois olhos.
Histórico do problema
Esta afecção foi descrita por Robert Graves, no ano de 1835. O pesquisador publicou o caso de uma paciente de 20 anos de idade que apresentava olhos com aspecto peculiar, além de apresentar outros sintomas de tireotoxicose observados de perto pelo pesquisador.
O globo ocular apresentava-se aumentado e saltado, não permitindo a oclusão da pálpebra na hora de dormir.
Hoje essa afecção é conhecida por apresentar esta característica, resultante de uma desarmonia com relação a uma parte do globo ocular.
Como acontece?
O problema acontece devido a um aumento dos músculos oculares – tornando-os mais espessos. Além deste fator, também pode ser causado por um acúmulo anormal de gordura nos olhos, mais precisamente na porção orbitária atrás dos olhos.
Como a órbita dos olhos é uma caixa óssea que não é possível distender, este aumento pode provocar o deslocamento do globo ocular para fora, que pode acontecer em um ou nos dois olhos e ocasionar a oftalmopatia.
E quais são os sintomas?
É uma alteração que pode ser acompanhada de retração ou edema – leve – na pálpebra superior. Além disso, pode acontecer:
- Desconforto atrás dos olhos (como um peso ou uma dor);
- Desconforto extremo nos olhos, como lacrimejamento constante ou olhos secos;
- Em casos mais graves, além desses fatores também pode ocorrer a diplopia – visão dupla -, úlcera de córnea e até mesmo a baixa importante da visão.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico exato é feito com base no quadro clínico apresentado pelo paciente. É possível realizar exames oftalmológicos, bem como de imagem e também laboratoriais que auxiliam no diagnóstico do problema.
Mas é fundamental ressaltar que assim como outros problemas no olhos e visão, só um médico especialista pode diagnosticar a questão e o melhor tratamento para o mesmo.
Qual tratamento para Oftalmopatia de Graves?
- O tratamento pode ser feito com o auxílio de anti-inflamatórios, mas só quando o problema encontra-se na fase inflamatória;
- Em casos mais leves de retração palpebral, os pacientes não necessitam de tratamento, mas só um especialista pode passar esta informação;
- Nos casos onde há hipertireoidismo associado, o tratamento deste problema pode resolver a retração palpebral;
- Não existe de forma exata um modo eficaz de prevenir a afecção e nem mesmo saber se todos os pacientes portadores de hipertireoidismo irão apresentar a patologia. Por isso é importante exames de rotina e buscar um médico ao notar qualquer diferença, tanto no corpo quanto na visão.
Esperamos que o conteúdo tenha te auxiliado a entender um pouco mais sobre oftalmopatia de graves. Se restarem dúvidas, entre em contato com os especialistas da Viva Oftalmo. Até o nosso próximo conteúdo!