Você certamente já deve ter usado algum tipo de colírio para tratar casos de vermelhidão, ressecamento, conjuntivite ou coceira nos olhos. Os colírios em geral são tratamentos simples, para problemas oculares menos complexos.
Mas você sabia que certos colírios – como no tratamento de glaucoma – podem até mesmo prevenir a cegueira?
É preciso esclarecer que não é qualquer colírio que pode ser usado para combater o glaucoma. Existem medicações específicas – sempre prescritas pelo oftalmologista – que têm o objetivo de reduzir a pressão intraocular, responsável pelos danos ao nervo óptico.
O tratamento de glaucoma com colírios também é a primeira abordagem na maioria dos casos de glaucoma, buscando evitar procedimentos mais invasivos e complexos, como os procedimentos cirúrgicos.
Acompanhe o artigo para descobrir os principais tipos de colírios usados no tratamento do glaucoma e como utilizá-los!
Principais colírios para tratamento de glaucoma
De modo geral, o objetivo do uso de colírios para o tratamento do glaucoma é o mesmo: a redução da pressão intraocular (PIO). No entanto, cada um desses colírios age de maneira diferente, resultando em diferentes respostas do organismo.
Confira abaixo os principais exemplos de colírios usados:
1. Betabloqueadores
Atuam reduzindo a produção de humor aquoso, que é um líquido transparente produzido pelos olhos e, quando produzido em excesso ou quando não escoado o suficiente, acaba aumentando a pressão intraocular.
Os betabloqueadores costumam ser a primeira escolha dos oftalmologistas, devido à sua eficiência e rapidez no controle da pressão intraocular.
Porém, por atuarem reduzindo a frequência cardíaca e a pressão arterial, causando broncoespasmo (inchaço nas vias aéreas), não são recomendados para pacientes diagnosticados com asma, doenças cardíacas e diabetes.
2. Alfa-agonistas adrenérgicos
Estes colírios atuam na diminuição de produção de humor aquoso e também auxiliam o processo de drenagem natural dos olhos, realizado pelo trabeculado. Esta é uma opção mais segura para pessoas alérgicas, por apresentar um número menor de conservantes em sua composição.
Não é recomendada para o tratamento em crianças menores de 2 anos e pacientes que utilizam alguns tipos de antidepressivos.
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3. Prostaglandinas
Atuam auxiliando no processo de drenagem do humor aquoso e também são muito utilizados em tratamentos atuais de glaucoma. Isso se deve não apenas à sua eficiência, como também à posologia (modo de uso), que permite que esses medicamentos sejam utilizados apenas uma vez por dia.
Se você também possui diagnóstico de catarata e tem uma cirurgia agendada, o uso de colírios de prostaglandinas deve ser suspenso para evitar possíveis complicações (edemas) durante o pós-operatório. Converse com seu médico!
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4. Inibidores de anidrase carbônica
É um potente colírio contra o glaucoma, podendo reduzir a pressão intraocular de 25% a 40%, sabendo-se que um tratamento de glaucoma bem-sucedido exige uma redução de ao menos 30% na pressão intraocular.
Eles também atuam reduzindo a produção de humor aquoso. Ademais, os inibidores de anidrase carbônica também podem ser prescritos em forma de comprimidos.
Porém, devido à potência desse composto, não costuma ser indicado para tratamentos por longos períodos. Como sempre, a indicação e a retirada de qualquer medicamento ocular será sempre do oftalmologista.
5. Colinérgicos (mióticos)
É o tipo de colírio mais indicado para o tratamento de glaucoma de ângulo fechado, que costuma ser urgente e promove maiores danos ao nervo óptico em pouco tempo.
A atuação ocorre diretamente nos músculos oculares, desobstruindo o canal de drenagem dos olhos em pouco tempo. Pela sua forma de atuação, também é um medicamento que busca auxiliar na drenagem do humor aquoso dos olhos.
6. Compostos combinados
Como o próprio nome diz, partem do princípio da combinação de diversas substâncias para o tratamento do glaucoma.
Dentre exemplos de fórmulas combinadas, podemos citar medicações como o Cosopt e o Combigan.
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Cuidados ao aplicar colírio para glaucoma?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), alguns cuidados devem ser tomados na hora de aplicar o colírio de glaucoma. São eles:
- Lavar bem as mãos, com água e sabão, antes de fazer a aplicação.
- Com as mãos secas, puxe com cuidado a pálpebra inferior formando uma bolsa.
- Faça a aplicação de uma gota.
- Tome cuidado para não encostar a ponta do frasco nos olhos, para evitar lesões, contaminações ou irritações.
- Feche os olhos, e com cuidado, pressione levemente o canal lacrimal (extremidade mais próxima do nariz) por cerca de 1 minuto.
- Apenas coloque uma segunda gota caso tenha certeza de que a primeira não entrou em contato com os seus olhos.
- Se você utiliza mais de um colírio, espere ao menos 10 minutos antes de aplicar o próximo.
A aplicação da maioria dos colírios costuma ser a mesma e, para maior conforto e precisão, muitos oftalmologistas recomendam que você a faça o procedimento deitado. Contudo, siga sempre a recomendação específica do seu oftalmologista, para garantir maior segurança e melhores resultados.
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Possíveis efeitos colaterais do tratamento de glaucoma com colírio
O tratamento para glaucoma com colírios não costuma trazer efeitos colaterais ou desconforto. A maioria dos pacientes consegue manter uma boa rotina terapêutica e apenas observar resultados positivos em relação ao progresso da doença.
Contudo, assim como todo medicamento, é possível apresentar alguns efeitos colaterais, especialmente em pessoas mais sensíveis ou com outras condições de saúde.
Os efeitos colaterais mais comuns costumam ser:
- Olhos vermelhos.
- Dores de cabeça e nos olhos.
- Pigmentação da íris e pálpebras.
- Ardor.
- Coceira.
- Visão turva.
- Queimação.
Em casos mais sérios, como em pacientes asmáticos fazendo uso de colírios betabloqueadores, pode ocorrer falta de ar e tontura.
Apesar de serem reações possíveis de acontecer, é sempre importante manter seu oftalmologista informado sobre seus sintomas, para que ele possa te orientar ou mesmo substituir sua medicação.
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Tratamento de glaucoma com colírios: Viva Oftalmo
Como vimos neste artigo, o tratamento de glaucoma com colírios é hoje a primeira – e geralmente melhor – escolha dos oftalmologistas, antes de recorrer a qualquer outra opção terapêutica. Trata-se de soluções simples, acessíveis e de fácil manutenção.
No entanto, a avaliação médica adequada e a investigação precisa do seu quadro geral específico – inclusive de outras doenças associadas – é fundamental para definição de qual medicação é mais adequada para você.
Por isso, procurar uma clínica confiável, com profissionais experientes e cuidadosos, é fundamental para o sucesso e a segurança do tratamento.
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