Pessoas com apneia do sono — distúrbio do sono — têm quase o dobro de chances de desenvolver o glaucoma. Segundo estudo publicado na revista Ophthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia,
E mais: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em torno de 100 milhões de pessoas sofrem com apneia do sono no mundo inteiro, sendo que 60 milhões delas têm glaucoma.
O glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível do mundo, isto é, sem cura. No entanto, quando diagnosticado precocemente, é possível contorná-lo com o devido tratamento.
Já a apneia do sono é um distúrbio caracterizado por interrupções na respiração durante o sono. Como o principal sintoma da apneia é o ronco, pode-se concluir, então, uma possível relação entre o ronco — oriundo da apneia do sono — e o glaucoma.
Para entender melhor essa relação e saber como se prevenir da cegueira, continue lendo este artigo.
O que é a apneia do sono?
A apneia do sono é um distúrbio do sono comum, caracterizado por pausas temporárias na respiração durante o sono. Essas pausas, conhecidas como apneias, podem ser causadas por obstrução das vias respiratórias (apneia obstrutiva do sono) ou problemas na comunicação entre o cérebro e os músculos respiratórios (apneia central do sono).
Apneia do sono e glaucoma: entenda a relação
A relação entre o glaucoma e a apneia do sono acontece porque durante uma crise de apneia o paciente pode ficar até 2 minutos sem respirar por conta de um bloqueio em suas vias aéreas.
Sem a quantidade de oxigênio adequada no sangue, muitas funções do seu corpo são afetadas, incluindo a do nervo óptico (responsável por enviar as imagens ao cérebro).
Como o glaucoma é uma doença ocular que atinge diretamente o nervo óptico dos olhos, que é afetado pela apneia do sono, pode-se construir a relação entre as duas doenças.
Para contornar a situação, no entanto, o paciente deve buscar um tratamento urgente para a sua apneia do sono, além de consultar-se rotineiramente com o oftalmologista.
Saiba mais em: Glaucoma: tire suas dúvidas sobre este problema nos olhos
Se eu ronco, eu necessariamente tenho apneia do sono?
Não, nem todo mundo que ronca tem a apneia do sono.
O ronco é apenas um dos sintomas da apneia do sono. Isoladamente, ele também pode estar ligado a outras causas, como ao consumo de bebida alcoólica, à ingestão de comidas pesadas antes de dormir, ao desvio de septo e à obesidade, por exemplo.
A apneia do sono, por sua vez, é uma doença grave e que deve ser diagnosticada por um médico especializado.
Como Saber se Tenho Apneia do Sono?
Para você saber se você tem apneia do sono é preciso notar os primeiros sintomas, como: ronco alto e forte, dor de cabeça ao acordar, insônia, sonolência diurna, cansaço excessivo, boca seca, mau-humor e impotência sexual.
Sinais e sintomas da apneia do sono
A apneia do sono é mais comum em pessoas acima dos 50 anos e a intensidade e quantidade dos sintomas pode depender da gravidade da doença. Então, para identificar a apneia do sono, deve-se notar a presença dos seguintes sinais:
- Ter dor de cabeça pela manhã;
- Ter alterações da concentração e da memória;
- Ter excesso de sono e cansaço durante o dia;
- Paradas da respiração ou sufocamento durante o sono;
- Acordar várias vezes à noite;
- Roncar durante o sono;
- Desenvolver irritabilidade e depressão.
O que fazer para prevenir o glaucoma nessa situação?
Pessoas com o diagnóstico de apneia do sono devem se consultar regularmente com um oftalmologista a fim de se prevenir de determinados problemas de vista.
E vale lembrar: quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, maior a efetividade do tratamento. Na maioria dos casos, ele consiste no uso regular de colírios. Apenas em poucos casos é que é necessário a cirurgia. Saiba mais aqui: cirurgia de glaucoma: como funciona e quem pode fazer?
O glaucoma é considerado uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sintomas. Por isso, a melhor chance de obter um diagnóstico precoce é por meio de consultas de rotina.
Além disso, alguns sinais podem ser indicativos do problema, como:
- Perda da visão periférica e dificuldades de enxergar fora do campo de visão principal dos olhos;
- Esbarrar constantemente em objetos ou pessoas e tropeçar várias vezes durante o dia.
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Outros fatores de risco para o glaucoma estão relacionados ao histórico de glaucoma ou de hipertensão na família, à idade do paciente, a demais doenças nos olhos (como descolamento da retina ou tumores) e ao uso prolongado de medicamentos à base de corticóides.
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