A dificuldade de enxergar objetos distantes é o principal sintoma da miopia, um erro refrativo comum, que atinge cerca de 35% da população mundial, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Já a miopia degenerativa responde por cerca de 10% do total de pacientes míopes, mas seus riscos são bem maiores, sendo necessário um cuidado mais próximo do oftalmologista, já que pode levar até à perda total da visão, caso não seja tratada.
Neste artigo, você vai descobrir a diferença entre miopia e miopia degenerativa e quais os cuidados que você precisa ter.
Vamos à leitura!
Entenda as principais diferenças entre miopia e miopia degenerativa
Antes de falarmos sobre as diferenças entre essas duas condições, é importante ressaltar que ambos os distúrbios visuais partem do mesmo princípio: um crescimento exagerado do globo ocular, que faz com que as imagens se formem antes do ponto focal correto na retina, causando a dificuldade para enxergar imagens distantes.
A progressão dessa deformidade anatômica ocular é o que leva da simples miopia para o quadro mais grave (miopia degenerativa), especialmente em pacientes que apresentam altos graus de refração (a partir de 6 graus).
Tem alguma dúvida sobre miopia, seus sintomas e cuidados? Então não deixe de conferir este conteúdo do nosso Blog:
Tire suas dúvidas sobre a miopia!
A principal causa da miopia é genética e, por isso, ainda não há uma maneira realmente eficaz de preveni-la. Contudo, quanto mais cedo ela for diagnosticada, mais cedo poderá ser tratada para preservar a qualidade de vida do paciente e potencialmente prevenir outras doenças oftalmológicas.
Com isso em mente, acompanhe abaixo as principais diferenças entre a miopia e miopia degenerativa:
1. Distúrbio refrativo x miopia patológica
A miopia, em si, não é considerada uma doença, mas um erro refrativo. Afinal, apesar de poder causar desconforto no dia a dia, essa condição – quando controlada – não apresenta maiores riscos e complicações, podendo ter seus sintomas tratados com uso de óculos, lentes corretivas ou cirurgia refrativa.
O quadro se agrava quando o globo ocular continua crescendo e a miopia ultrapassa os 6 graus de refração, passando a ser classificada como alta miopia. É a partir desse ponto que aumentam as chances de surgirem outros problemas oftalmológicos mais graves, como a miopia degenerativa e seus efeitos (danos ou descolamento da retina), glaucoma e até catarata.
Uma pessoa com alta miopia não necessariamente vai desenvolver um quadro de miopia degenerativa. Porém, todo paciente com miopia degenerativa apresenta alta miopia.
Devido aos riscos que apresenta para a saúde ocular do paciente e devido ao seu caráter progressivo, a miopia degenerativa é considerada uma doença e não apenas um distúrbio refrativo.
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Alta miopia: conheça os riscos e os cuidados necessários
2. Diferenças na progressão do quadro
Enquanto que nos casos de miopia é comum que o grau se estabilize no final da adolescência (entre os 18 e os 21 anos), podendo apresentar variações sutis nos anos subsequentes, nos casos da miopia patológica, essa progressão costuma ser mais contínua.
Por conta dessa evolução, é possível que o paciente passe a enxergar completamente sem nitidez em um curto espaço de tempo.
No caso da miopia patológica, não existe uma idade de estabilização de grau, e essa progressão pode levar aos danos referidos acima, com risco de perda completa da visão, caso nada seja feito para evitar.
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3. Diferenças nas formas de tratamento
Apesar de ambos os quadros receberem inicialmente um mesmo tipo de tratamento – óculos e lentes de contato – visando compensar a alteração refrativa, nos casos de miopia patológica, outras medidas podem ser necessárias.
Em alguns casos, podem ser necessárias intervenções para evitar que o estiramento do globo ocular cause danos ou o descolamento da retina, assim como riscos de sangramentos e lesões na mácula (área central da visão), que podem levar à cegueira.
É possível que sejam indicados até alguns tipos de cirurgia, como a faco-refrativa, em que é feita substituição do cristalino natural por um artificial (lente intraocular).
No caso da miopia leve, moderada e até mesmo a alta, é possível obter a correção praticamente completa do grau de refração com a realização de cirurgia refrativa a laser.
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Quais os tratamentos para miopia degenerativa
4. A incidência de cada quadro
Segundo dados de 2019 do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a incidência da miopia no Brasil pode chegar a 74 milhões de pessoas, sendo menor a incidência em pessoas negras e maior em asiáticos.
Por essa mesma pesquisa, a incidência da miopia degenerativa fica em torno de 10% da população míope, o que pode chegar a cerca de 7 milhões de brasileiros.
A principal causa desse distúrbio é a genética. Por isso, vale ficar atento para a presença de familiares com esse problema, sendo um motivo para buscar a avaliação com o oftalmologista mais precocemente; de preferência, já desde a infância.
5. Riscos de cegueira
O risco mais grave da miopia degenerativa é, sem dúvida, seu potencial de levar à perda da visão. E isso pode ocorrer devido a complicações de condições adjacentes, como a maculopatia, por exemplo.
Ainda que a alta miopia também possa resultar em outras doenças oftalmológicas graves, o risco de cegueira é substancialmente menor do que num caso de miopia patológica.
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Miopia Gegenerativa Diagnóstico
Neste artigo, você conheceu as principais diferenças entre miopia e miopia degenerativa, com suas características, riscos e formas de tratamento.
Como os sintomas podem ser parecidos até certo ponto, é fundamental o acompanhamento médico regular para que o quadro seja monitorado e as medidas corretas sejam tomadas.
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