Você sabia que os cuidados com os olhos devem-se iniciar bem cedo, desde o nascimento do bebê? Pois é! Apesar da visão só se desenvolver completamente depois de dois anos de vida, os pequenos também estão vulneráveis a doenças oftalmológicas como conjuntivite, blefarite, inflamações em geral e até mesmo glaucoma, retinoblastoma e catarata congênita!
A boa notícia é que boa parte desses quadros oftalmológicos podem ser evitados seguindo alguns cuidados essenciais!
Acompanhe o artigo para descobrir quais são os cuidados mais importantes com os olhos do bebê e quais são os sinais de atenção para levá-lo ao oftalmologista.
5 Cuidados com os olhos do bebê
Confira abaixo o detalhamento dos principais cuidados com os olhos do bebê, buscando sempre mantê-lo longe de doenças e possíveis sequelas.
1. Cuide-se desde a gravidez
Os cuidados com os olhos do bebê devem se iniciar desde o período pré-natal. Afinal, doenças como Herpes, Sífilis e Toxoplasmose são capazes de afetar consideravelmente não apenas a saúde da mãe, como também o desenvolvimento do bebê, podendo resultar em casos de sequelas oculares, cerebrais e auditivas.
Exatamente por isso, é importante realizar todos os exames do cronograma pré-natal. Caso qualquer doença seja identificada, um tratamento mais rápido diminui as chances de deixar sequelas tanto na mãe como também na criança.
2. Recém-nascidos e crianças também precisam realizar exames regularmente
Você sabia que o primeiro exame oftalmológico deve ser realizado logo após o nascimento do bebê? Ele se chama teste do olhinho e é uma avaliação indolor capaz de identificar sinais precoces de glaucoma e catarata congênitos, bem como retinoblastoma.
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Mas essa não é a última vez que você ouvirá falar desse exame! De fato,o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) recomendam que o teste do olhinho seja repetido pelo menos três vezes por ano ao longo dos primeiros 3 anos de vida.
Depois disso, a constância das visitas pode passar a ser uma vez por ano, desde que a criança não apresente qualquer indício de problema nos olhos.
Todos esses cuidados podem parecer excessivos, mas são essenciais para prevenir a cegueira e danos permanentes na visão dos pequenos. De fato, o Relatório Mundial da Visão Realizado em 2019 revelou que existem mais de 1,4 milhão de crianças cegas no mundo. Outras pesquisas realizadas no Brasil revelaram que mais de 33 mil crianças brasileiras sofrem de cegueira por conta de doenças oftalmológicas tratáveis.
A melhor maneira de enfrentar essa situação é apostar sempre nos diagnósticos precoces: mesmo que se trate de uma doença mais séria, quanto mais cedo ela for localizada, mais eficaz e rápido será o seu tratamento.
Por isso, não deixe de ficar atento às rotinas de check up e converse com o médico oftalmologista sempre que surgirem dúvidas sobre a saúde da visão do bebê!
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3. Faça a higienização diária dos olhos do bebê
A higienização dos olhos do bebê deve ser feita diariamente e uma vez por dia, podendo-se utilizar o horário do banho para introduzir a prática de maneira mais natural na rotina.
Funciona assim: com uma gaze ou pedaço de algodão limpos e umedecidos em água corrente morna, deve-se passar com cuidado na pálpebra superior, sempre indo em direção aos cílios. Utilize uma gaze ou algodão diferentes para cada olho.
Para complementar os cuidados com a visão, também é possível fazer uma massagem na área do canto interno dos olhos até a narina. Tomando cuidado para não usar muita pressão, assegure-se sempre que o movimento seja feito de baixo para cima.
Caso note alguma secreção no canto dos olhos do bebê, sempre utilize uma gaze limpa e umedecida para realizar a limpeza. E atenção! A secreção pode ser indício de algum tipo de doença ou infecção oftalmológica. Por isso, é importante ficar atento à constância desse tipo de acontecimento, bem como a cor e consistência.
4. Estimule a visão do recém-nascido
Quando o bebê nasce, sua visão não está 100% formada. De fato, nos primeiros meses, é comum que não identifique muito bem rostos ou cores, por exemplo. Além disso, a visão pode permanecer embaçada até mais ou menos o sexto mês.
Ao longo desse período, você pode estimular a visão do bebê apresentando diferentes objetos, de cores e formatos distintos. Além disso, também pode observar a capacidade do pequeno de acompanhar objetos com olhos e reconhecê-los.
Tudo isso auxilia no desenvolvimento saudável da visão do recém nascido e permite também detectar quaisquer anomalias mais rapidamente.
5. Fique atenta(o) aos sinais
Por fim, um dos pontos mais importantes na hora de cuidar da visão do bebê é ficar atento a alguns sinais que podem indicar problemas oftalmológicos. Veja:
- Coceira e excesso de secreção: podem apontar casos de conjuntivite. Esse tipo de doença pode ser causada por vírus ou bactérias.
- Vermelhidão e inchaço nas pálpebras: pode ser um sinal de blefarite. Apesar de ser essencialmente causada por bactérias, também pode estar associada a um quadro alérgico.
- Aumento do globo ocular, lacrimejamento excessivo e fotofobia: são sinais característicos do glaucoma congênito, uma doença que se caracteriza pelo aumento progressivo de pressão no globo ocular.
- Lacrimejamento excessivo: desacompanhado, também pode indicar algum bloqueio nos canais lacrimais.
- Esbranquiçamento da pupila: o sinal mais claro de catarata congênita. Em seu início, pode ser vista especialmente quando o bebê olha para os lados ou com o reflexo de luz (flash de câmeras)
- Estrabismo acentuado: caso o desalinhamento dos olhos persista além dos 4 primeiros meses de vida, pode ser um sinal de problemas musculares.
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Ao longo do conteúdo, você pôde conhecer um pouco mais sobre a importância dos cuidados com os olhos do bebê desde cedo. Todas essas ações contribuirão para uma infância e vida adulta mais saudáveis e felizes!
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