Pálpebra caída: o que pode ser?

Principais sintomas da pálpebra caída

A pálpebra caída é uma condição que, como o próprio nome diz, se caracteriza pela queda da pálpebra superior em um nível mais baixo do que o normal, muitas vezes cobrindo parcial ou totalmente a pupila

Também conhecido pelo termo médico ptose palpebral, o problema pode ser tanto congênito, ou seja, estar presente desde o nascimento, quanto adquirido ao longo da vida, especialmente em adultos após os 40 anos.

Neste artigo, você vai entender o que é ptose palpebral, quais as principais causas para a pálpebra caída e os tratamentos disponíveis.

Acompanhe!

Definição e tipos de pálpebra caída

A pálpebra caída pode ocorrer de forma unilateral (afetando apenas um olho) ou bilateral (os dois olhos).

A queda da pálpebra superior pode ser leve, moderada ou severa, e variar de uma ligeira descida até a obstrução completa da pupila. 

Normalmente, a ptose palpebral é classificada de duas formas: ptose congênita ou ptose adquirida.

A ptose congênita é aquela presente desde o nascimento e, em alguns casos, pode estar associada a outras anomalias oculares ou síndromes genéticas. 

Crianças que apresentam pálpebras caídas precisam da ajuda de um oftalmologista, pois se a condição não for tratada adequadamente pode evoluir para ambliopia (olho preguiçoso).

Já a ptose adquirida se desenvolve ao longo da vida, ainda que seja mais comum em adultos acima dos 60 anos, devido ao enfraquecimento dos músculos da pálpebra que acontece com o avançar da idade.

A queda da pálpebra superior costuma causar um impacto negativo tanto na função visual quanto na aparência estética. 

Isso porque, o problema pode reduzir ou obstruir o campo visual e provocar dificuldade em atividades cotidianas, como na leitura, condução de veículos e uso de dispositivos eletrônicos. 

Esteticamente, a ptose palpebral é capaz de suscitar desconforto emocional e também afetar a autoestima, uma vez que altera a simetria facial e a expressão do rosto.

Principais sintomas da pálpebra caída

Principais sintomas da pálpebra caída

Os sintomas da ptose palpebral variam de acordo com a gravidade da condição. Entre os sinais mais comuns, estão:

  • Pálpebra superior visivelmente caída.
  • Dificuldade para abrir totalmente o olho afetado.
  • Necessidade de inclinar a cabeça para trás ou levantar as sobrancelhas para enxergar melhor.
  • Cansaço ocular, especialmente ao ler ou realizar tarefas que exigem esforço ocular por longos períodos.
  • Visão turva ou dupla, em casos mais graves.
  • Irritação nos olhos devido ao esforço constante para manter a pálpebra levantada

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Causas comuns da Ptose Palpebral

A pálpebra caída pode ser causada por diversos fatores. As causas mais comuns da pálpebra caída são:

Hereditariedade

A genética é uma das principais causas de ptose congênita, onde a condição é herdada de um dos pais. Algumas síndromes, como a Blefarofimose — que é genética —, podem incluir a ptose como um dos sintomas.

Desenvolvimento embrionário

Problemas durante o desenvolvimento embrionário podem levar a uma formação defeituosa do músculo levantador da pálpebra, deixando-o estruturalmente anormal. Com isso, a capacidade de elevar a pálpebra de forma correta fica comprometida.

Envelhecimento

O envelhecimento é uma das causas mais comuns de ptose palpebral em adultos. Isso acontece porque os músculos e tecidos que suportam a pálpebra enfraquecem e esticam, perdendo assim sua elasticidade e força.

Lesões

Traumas ou lesões na região dos olhos ou crânio, como acidentes, cirurgias ou procedimentos estéticos mal realizados, podem danificar os músculos, tendões ou nervos responsáveis pelo movimento da pálpebra.

Doenças neuromusculares

Algumas doenças que afetam a função neuromuscular ou os próprios músculos podem causar ptose. 

Um dos principais exemplos é a miastenia gravis, uma patologia autoimune que interfere na comunicação entre nervos e músculos, fazendo com que o sistema imunológico ataque os receptores de acetilcolina, essenciais para a contração muscular. 

Como resultado disso, há uma fraqueza muscular progressiva — incluindo a musculatura palpebral — que varia ao longo do dia e agrava-se com a atividade física.

Além das causas citadas acima, outras condições médicas podem contribuir para o desenvolvimento da ptose palpebral. 

Doenças como a diabetes, tumores na região ocular ou orbitária, inflamações crônicas, infecções e problemas na tireoide também são capazes de afetar a função normal da pálpebra e provocar sua queda.

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Tratamentos disponíveis

O tratamento para corrigir a pálpebra caída varia conforme a causa e gravidade da condição

Existem opções cirúrgicas e não cirúrgicas disponíveis para melhorar a funcionalidade e estética da pálpebra, como veremos a seguir:

Blefaroplastia

Principal método para o tratamento da ptose palpebral, a blefaroplastia é um procedimento cirúrgico que remove o excesso de pele, músculo e bolsas de gordura da pálpebra superior. 

Por fazer a correção estética das pálpebras, o procedimento também pode resultar em melhorias na visão e na qualidade de vida, especialmente quando há interferência visual devido à pálpebra caída.

Nos casos em que o cirurgião oftalmologista identifica uma desinserção do músculo levantador da pálpebra, a cirurgia também pode incluir um procedimento específico que tem por objetivo fortalecer ou encurtar esse músculo, a fim de melhorar a capacidade de elevação da pálpebra.

Já quando a ptose palpebral é severa, ou seja, o músculo levantador está bastante enfraquecido ou mesmo ausente, pode ser utilizada uma técnica cirúrgica onde a pálpebra é conectada aos músculos da testa para ajudar na elevação.

Exercícios musculares

Em alguns casos de ptoses palpebrais leves, o oftalmologista ou fisioterapeuta especializado pode sugerir exercícios específicos para fortalecer os músculos ao redor dos olhos, a fim de ajudar a melhorar a função palpebral. 

No entanto, a eficácia dos exercícios varia de paciente para paciente e depende da causa do problema.

Medicamentos

Quando a ptose palpebral é causada por doenças que afetam a comunicação entre nervos e músculos, como a miastenia gravis, o tratamento do problema envolve o uso de medicamentos que melhoram a transmissão neuromuscular, pois ajudam a reduzir a fraqueza muscular e melhorar a elevação da pálpebra. Porém, seu uso é específico para condições neuromusculares e deve ser monitorado por um médico.

Independente da abordagem terapêutica indicada pelo médico para corrigir a pálpebra caída — seja a blefaroplastia, exercícios para fortalecimento do músculo ou medicamentos — é fundamental realizar o acompanhamento com o profissional da saúde a fim de garantir a eficácia e a segurança do procedimento. 

Para isso, consultas regulares com um oftalmologista qualificado são necessárias para avaliar a recuperação e detectar qualquer complicação precoce. 


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