Se você tem miopia e está cansado do “tira e põe” dos óculos ou das lentes de contato, deveria considerar seriamente a possibilidade da cirurgia de miopia.
O procedimento (também chamado de cirurgia refrativa) é feito com o uso de lasers especiais, aplicados na córnea, corrigindo assim as alterações físicas responsáveis pela refração incorreta dos raios de luz.
O resultado? Uma visão muito mais nítida em um único procedimento!
O que muita gente não sabe é que existem mais de um tipo de procedimentos desse tipo, pensados para atender diferentes casos de pacientes míopes.
Acompanhe o artigo para descobrir como funcionam as cirurgias de miopia em cada uma das suas 4 modalidades.
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4 principais cirurgias de miopia
A cirurgia de miopia é um procedimento rápido e indolor e minimamente invasivo, realizado com a aplicação de anestesia local, apresentando altíssimas taxas de sucesso na correção de problemas refrativos, beirando os 100%. Devido a todo o critério adotado pelos(as) oftalmologistas ao indicar o procedimento (com avaliações e exames), raramente ficam graus residuais que não foram corrigidos.
Já com relação aos procedimentos em si, apesar de partirem do mesmo princípio (a utilização de lasers para a correção de desvios refrativos), cada modalidade possui características próprias, que irão influenciar especialmente na rapidez e no conforto pós-operatório do paciente.
A única exceção entre os procedimentos abordados nesta lista será a cirurgia de lentes intraoculares (LIOs), que não se utiliza de lasers.
Por que você deve procurar um oftalmologista?
Confira abaixo mais detalhes:
1. PRK (Ceratectomia Fotorrefrativa)
É o procedimento mais antigo, podendo ser utilizado também para a correção de hipermetropia.
Na cirurgia PRK, não há a realização de incisão na córnea para a aplicação do laser. Em vez disso, é feita a chamada desepitelização corneana. Ou seja, a remoção total da membrana que recobre córnea, por um processo de “raspagem”.
Por essas características, a cirurgia PRK é a que apresenta o maior tempo de recuperação, já que é colocada uma lente temporária para fazer o papel dessa membrana retirada, até que ela se regenere (o que leva meses).
Por tudo isso, é possível que o(a) paciente operado(a) sinta incômodos leves a moderados nos olhos. Além disso, são necessários cuidados adicionais pelos meses seguintes, como evitar exposição direta dos olhos ao sol, devendo manter-se sempre em uso de óculos escuros durante esse tempo.
Apesar de mais antigo e com um pós-operatório mais demorado, esse procedimento ainda é indicado pelos(as) oftalmologistas para alguns pacientes, como os que possuem córneas muito finas ou que não têm uma curvatura adequada para os outros tipos de procedimentos.
👉 Confira, na imagem abaixo, as etapas da cirurgia refrativa pela técnica PRK, com a “raspagem” da membrana da córnea, aplicação do laser, restando a córnea exposta, que será recoberta com a colocação de uma lente temporária, até a regeneração natural.
2. LASIK
Considerada a segunda geração das cirurgias refrativas, a técnica LASIK é feita por meio de uma pequena incisão na parte exterior da membrana que recobre a córnea (técnica conhecida como “flap”) para a aplicação de dois lasers guiados por computador. São eles o Femtosegundo e o Excimer Laser.
Enquanto o primeiro laser se encarrega de realizar a minúscula incisão, o segundo age sobre a córnea, realizando as devidas correções. Depois de concluída, esse “flap” é posicionado novamente em sua posição inicial, apagando quaisquer vestígios do procedimento.
A cirurgia LASIK é consideravelmente mais moderna que a PRK, apresentando um período pós-operatório mais confortável e menor. Pode ser utilizada para corrigir miopia e astigmatismo ao mesmo tempo.
👉 Confira, na imagem abaixo, as etapas da cirurgia pela técnica LASIK, com o afastamento da membrana da córnea (“flap”), aplicação do laser e recolocação posterior.
3. SMILE
Sendo vista como a 3a geração das cirurgias refrativas, a técnica SMILE utiliza o moderno laser Femtossegundo VisuMax, que possibilita a realização de uma incisão ainda menor do que seu antecessor.
Falando em números, pela técnica SMILE, a incisão feita na membrana da córnea é muito menor que as feitas pela técnica LASIK. Assim, torna-se uma opção segura também para alguns casos de córneas mais finas.
Isso significa ainda menos efeitos colaterais no pós-operatório e maior conforto aos(às) pacientes.
Assim como na LASIK, pela técnica SMILE é possível corrigir tanto astigmatismo quanto a miopia com o procedimento, podendo realizar até mesmo os dois ao mesmo tempo.
👉 Confira, na imagem abaixo, a diferença de tamanho na incisão feita pela técnica smile, quando comparada à cirurgia do tipo LASIK.
SMILE: conheça a revolucionária técnica que corrige miopia e astigmatismo!
4. Lentes Intraoculares
Alguns tipos de miopia – os quadros mais avançados – podem não responder bem aos procedimentos a laser, sendo necessário outro tipo de abordagem.
Nesses casos, a cirurgia para colocação de lentes intraoculares pode ser realizada, especialmente para pacientes com refrações mais severas, por exemplo com 8 graus ou mais.
Por meio dela é possível corrigir até 23 graus de miopia e 6 graus de astigmatismo, o que não seria possível com os lasers.
A cirurgia consiste na troca do cristalino – lente natural do olho – por uma lente artificial, 100% transparente, que fará seu papel.
Como principais vantagens dessa técnica, estão:
- As lentes são feitas de material biocompatível, que reduz muito a chance de inflamações.
- Ao contrário das lentes de contato convencionais, as lentes intraoculares não precisam ser trocadas, ou seja, são para a vida toda.
- Como são flexíveis e dobráveis, a incisão para colocá-las pode ser bem pequena.
Apesar de a principal indicação das lentes intraoculares ser para corrigir quadros de catarata, elas também podem ser usadas para corrigir problemas de refração, como miopia, astigmatismo, hipermetropia e até presbiopia.
E o melhor, para pacientes com catarata, o uso dessas lentes pode corrigir, ao mesmo tempo, a catarata e o problema refrativo num único procedimento.
Qual cirurgia de miopia é a mais adequada para você?
Como vimos, existem inúmeros fatores que pesam na hora do(a) oftalmologista indicar um ou outro procedimento.
Para tomar essa decisão, o(a) especialista precisará fazer uma avaliação completa e detalhada das características de seu problema ocular, assim como da estrutura anatômica dos seus olhos, por meio de exames como: paquimetria, topografia e mapeamento da córnea.
Além disso, para garantir a segurança e o sucesso do seu procedimento, qualquer que seja o procedimento não será indicado, caso você esteja apresentando alguma condição ocular no momento ou que não esteja sob controle.
👉 Veja também: Cirurgia de catarata dói?
Quem pode fazer cirurgia de miopia?
Naturalmente, a indicação de qualquer procedimento será indicada ou não segundo os critérios de cada oftalmologista, mas, via de regra são indicados para pessoas que já alcançaram sua maturidade física (após a adolescência), para evitar que a estrutura ocular mude com o crescimento e comprometa os resultados da cirurgia.
Além disso, também é preciso que o problema refrativo tenha uma alteração mínima que justifique a cirurgia. Para casos muito discretos, o mais indicado pode ser o uso de óculos.
Finalmente, seu(sua) oftalmologista também vai querer verificar se seu problema refrativo já está estabilizado ou está aumentando. O ideal é aguardar essa estabilização.
Com quantos graus de miopia pode realizar a cirurgia?
Geralmente os médicos recomenda a cirurgia de miopia para pessoas com até 10 graus e nos casos de hipermetropia 5 graus e astigmatismo 6 gruas. Além disso, é avaliado o formato do globo ocular do paciente a indicação ou não da cirurgia.
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