Miopia, astigmatismo e hipermetropia: saiba as diferenças entre as doenças refrativas

Miopia, astigmatismo e hipermetropia saiba as diferenças entre as doenças refrativas

Vista embaçada, imagem duplicada, dificuldade para ler (de perto ou de longe), dores de cabeça, sensibilidade à luz… é extensa a lista de sintomas de quem apresenta problemas refrativos.

Um levantamento do IBGE revelou que cerca de 35 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de problema de visão. Já, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a tendência é de aumento das doenças refrativas nos próximos anos, principalmente devido ao tempo cada vez maior que passamos diante das telas dos aparelhos eletrônicos.

Mas você sabe as diferenças entre miopia, hipermetropia e astigmatismo? Sabe as causas e possíveis tratamentos de cada uma dessas doenças refrativas? E, principalmente, sabe identificar se você está sofrendo com um desses problemas refrativos?

No artigo de hoje, você confere as respostas a essas e outras dúvidas.

Qual a diferença entre miopia, astigmatismo e hipermetropia?

Nós somos capazes de enxergar devido ao fenômeno natural de refração em nossos olhos.

O feixe de luz, vindo do ambiente, é refratado (desviada a direção) pela córnea e atinge nossa retina (uma camada fotossensível no fundo do olho), onde células especiais transformam o sinal luminoso em sinal elétrico. Esses sinais elétricos viajam através do nervo óptico para o cérebro, que transforma os sinais elétricos em imagens.

Quando esse processo de refração não ocorre exatamente na retina, temos então o que chamamos de problema refrativo. Entenda cada um dos tipos: 

Miopia 

Dentre os problemas de visão, a miopia é um dos mais comuns. De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia (AAO), essa pode ser considerada uma questão epidêmica, tendo atingido cerca de 28% da população mundial já em 2010.

A miopia ocorre quando o feixe de luz que chega ao globo ocular é projetado antes da retina. Dessa maneira, a visão de objetos mais distantes fica embaçada.

Outros sintomas que podem acompanhar a falta de nitidez de imagens distantes são:

  • Dores de cabeça ou nos olhos, de forma persistente.
  • Necessidade de “apertar os olhos” para conseguir enxergar melhor.
  • Tontura.
  • Sensibilidade à luz.
  • Lacrimejar com frequência e sem causa aparente. 

Causas 

A miopia está associada principalmente a fatores genéticos, que resultam em um alongamento do globo ocular.

Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), também já é possível estabelecer uma relação de crescimento de casos de miopia e o aumento de exposição a luzes artificiais presentes em tablets, smartphones e computadores.

Os primeiros sinais de miopia podem surgir já durante a infância ou durante a adolescência, geralmente se estabilizando por volta dos 21 anos.

Quando o paciente percebe a presença da miopia já durante a vida adulta, geralmente se trata de um processo que apresentava um grau bem menor, quase imperceptível, e que foi aumentando lentamente com o passar do tempo, podendo também ter sido agravada por problemas como diabetes ou catarata.

A miopia em crianças é bastante comum e pode contribuir para gerar dificuldades na escola, devido à dificuldade de leitura do quadro ou por queixas de dores de cabeça e nos olhos. Fica, portanto, o alerta aos pais e responsáveis para estarem atentos a isso. 

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Hipermetropia 

Assim como a miopia, a hipermetropia é uma das doenças refrativas mais comuns. Ela se caracteriza principalmente pela dificuldade em enxergar objetos próximos

Nos quadros de hipermetropia, o problema de refração ocorre por um encurtamento do globo ocular, que resulta na projeção do feixe de luz depois da retina. O oposto da miopia.

Outros sintomas associados à hipermetropia são:

  • Dores de cabeça e nos olhos.
  • Dificuldade para enxergar imagens e textos de perto. 
  • Ardência nos olhos e lacrimação constante.
  • Vista cansada.
  • Dificuldade de concentração.
  • Sensação de peso ao redor dos olhos.
  • Vermelhidão ocular.

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Causas 

No caso da hipermetropia, a genética também é o principal fator de surgimento. Porém, ela também pode acontecer pela diminuição da capacidade refrativa do olho, como consequência do avanço da idade. 

Não é incomum que crianças apresentem hipermetropia, justamente por terem o globo ocular menor. Em muitos casos, porém, essa hipermetropia pode sumir naturalmente com o crescimento da criança e, consequentemente, do globo ocular.

Contudo, o ideal é que o problema seja diagnosticado o mais rápido possível e tratada com cuidado, senão pode levar ao desenvolvimento de outros problemas de visão, como o estrabismo acomodativo.

Astigmatismo 

A principal característica do astigmatismo é uma visão embaçada ou duplicada, tanto para enxergar objetos próximos quanto mais afastados. 

O astigmatismo é causado por deformidades na formação da córnea. Enquanto uma córnea normal é redonda e lisa, a córnea de uma pessoa com astigmatismo costuma ser ovalada. Assim, a refração de luz acontece em diversos pontos distintos, interferindo na interpretação da retina. 

Outros sintomas também associados ao astigmatismo são: 

  • Dores de cabeça.
  • Enxergar um halo (círculo luminoso ou colorido) ao olhar para fontes de luz, como um farol, por exemplo. 
  • Dificuldade em diferenciar letras parecidas.
  • Sensibilidade à luz (fotofobia).
  • Coceira nos olhos. 

Causas do astigmatismo

Além do fator genético, o astigmatismo também pode ser consequência da idade. Com as milhares de piscadas diárias, os olhos podem ir modificando aos poucos a curvatura da córnea, em pessoas com essa predisposição.

O problema também pode ser causado por lesões nos olhos ou como efeito colateral do ceratocone — uma doença ocular degenerativa, que deforma a córnea, deixando-a curvada para frente, em formato de cone. 

Tratamentos para o astigmatismo

O tratamento de astigmatismo consiste na correção refrativa para melhorar a visão do paciente. O tratamento não é difício, pois é utilizado óculos de grua, lentes de contato ou cirurgia de correção de grau para fazer o tratamento do astigmatismo. 

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Afinal, o que é astigmatismo?

 

É possível ter mais de uma doença refrativa? 

Sim. Apesar de não poderem estar presentes em um único olho, uma mesma pessoa pode ter miopia e hipermetropia em olhos diferentes, caracterizando um caso de anisometropia

Essa condição costuma ser diagnosticada quando existe uma diferença de ao menos 4 graus entre os olhos e pode trazer grande incômodo para a vida cotidiana, como a visão binocular.  

Também não é raro que o astigmatismo esteja associado à hipermetropia ou a miopia. Contudo, ainda que seja possível ter distúrbios diferentes em olhos distintos, é impossível ter os três distúrbios concentrados em um único olho. 

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Tipos de tratamento para doenças refrativas

Para crianças e adolescentes, os óculos de grau costumam ser as opções mais indicadas, uma vez que, nessa fase da vida, o grau de refração pode não estar estabilizado, sendo necessária a troca de lentes para acompanhar a evolução do quadro. 

No caso de adultos, com grau estabilizado, também há a opção do uso de óculos e lentes de contato, no entanto, para se obter uma solução definitiva, as cirurgias refrativas são as opções mais indicadas.

Com as técnicas e aparelhos disponíveis hoje, os procedimentos são muito seguros e com alta taxa de sucesso. Em cerca de 97% dos casos, não há necessidade de qualquer outra correção posterior.

As principais técnicas de cirurgia refrativa disponíveis hoje são: a PRK, a Lasik e a SMILE. Dentre essas, a técnica SMILE é a mais avançada, sendo menos invasiva e trazendo um pós-operatório mais rápido e confortável ao paciente. 

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Por que você deve tratar sua doença refrativa hoje?

Neste artigo você pôde conhecer um pouco melhor as diferenças entre as doenças refrativas – miopia, astigmatismo e hipermetropia.

Apesar de não apresentarem riscos de vida, as doenças refrativas podem diminuir bastante a qualidade de vida das pessoas. Você já parou para pensar em quantas atividades do seu cotidiano dependem da visão? Quase todas.

Além disso, mesmo que você apresente um baixo grau de refração, a falta de cuidados pode resultar na ocorrência de outras doenças oculares como o estrabismo, a ambliopia e o desvio ocular. Pessoas com altos graus de miopia também são mais propensos a apresentar descolamento de retina.   

Caso você tenha identificado em você (ou em alguém próximo) alguns dos sintomas listados neste artigo, não perca tempo e busque logo por uma avaliação, para um diagnóstico e indicação de tratamento.

A Clínica VIVA é referência nacional no tratamento de problemas refrativos e cirurgias oculares. Inclusive, somos um dos únicos locais do Brasil a oferecer a moderna técnica de cirurgia refrativa SMILE.

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