O que é conjuntivite?
A conjuntivite se manifesta por uma inflamação ou irritação da conjuntiva — membrana fina e transparente que cobre a parte branca do olho. Suas causas podem incluir alergias (à fumaça, maquiagem ou cloro de piscina, por exemplo) ou infecções causadas por bactérias ou vírus.
Apesar de muito incômodas e contagiosas, em geral as conjuntivites são fáceis de tratar e não costumam deixar sequelas. A mais comum é a infecciosa, que é contraída através do contato direto com pessoas ou superfícies contaminadas.
Um estudo publicado na Revista Brasileira de Oftalmologia no ano passado, avaliando 783 pacientes, verificou que conjuntivite foi responsável por quase 40% das urgências oftalmológicas, com 302 casos.
O mesmo estudo verificou que 75% dos casos de conjuntivite tiveram origem bacteriana
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Quais os tipos mais comuns de conjuntivites?
Como dissemos, as conjuntivites infecciosas podem ser de duas categorias: viral ou bacteriana. E costumam ocorrer com pouca frequência.
Já as conjuntivites alérgicas ocorrem nas formas crônica ou aguda, especialmente em pacientes com mais tendência a apresentar alergias. Nestes casos, a doença em si não é transmissível, mas recomenda-se fortemente a ida ao oftalmologista.
Enquanto a forma infecciosa pode atingir apenas um ou ambos os olhos, a forma alérgica geralmente atinge os dois olhos ao mesmo tempo.
Conheça melhor os três tipos de conjuntivite.
1. Conjuntivite viral
O adenovírus — grupo de vírus que causam doenças respiratórias, como resfriados, bronquites ou pneumonias — se instala nos olhos, provocando a chamada conjuntivite viral.
Nestes casos de conjuntivite, é comum observar a presença de secreção esbranquiçada nos olhos, além de febre e dor de garganta.
Tosse, espirro e secreção ocular colaboram com a transmissão do vírus, no entanto, não há relatos de transmissão pelo ar.
2. Conjuntivite Bacteriana
Diferentemente do tipo viral, a conjuntivite bacteriana apresenta secreção mais volumosa e de tom amarelado.
O contágio muitas vezes acontece pelo toque, no momento em que alguém encosta a mão em um lugar contaminado e leva aos olhos.
O tratamento geralmente é feito com uso de antibióticos, que combatem os efeitos da infecção.
3. Conjuntivite Alérgica
Esta é a manifestação mais simples da conjuntivite, porém não menos preocupante, pois cerca de 20% das pessoas apresentam algum grau de conjuntivite alérgica.
Os agentes causadores das crises alérgicas incluem alimentos, poeira, pelos de animais, pólen, medicamentos, ácaros, insetos, entre outros.
Conjuntivite pode ser causada pelo coronavírus?
Sim, pode!
Segundo o professor do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFMG, Daniel Vitor Santos, da mesma forma que outros vírus conhecidos, como os de gripes comuns, o coronavírus também pode levar a quadros de conjuntivite.
Ainda segundo o professor, todas as infecções de vias aéreas (como garganta e nariz) podem levar a inflamação da conjuntiva. E, por conta disso, os oftalmologistas têm perguntado aos pacientes com suspeita de conjuntivite se ele também apresentou algum problema respiratório recentemente, como tosse ou nariz escorrendo.
No entanto, as formas de tratamento são as mesmas das outras conjuntivites virais.
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Sintomas da conjuntivite
- Vermelhidão ou lacrimejamento;
- Coceira acentuada;
- Sensação de areia nos olhos;
- Ardência constante;
- Inchaço nas pálpebras;
- Sensibilidade à luz;
- Visão embaçada;
- Olhos grudados ao acordar;
- Secreção esbranquiçada ou amarelada.
Quais os tratamentos para cada tipo de conjuntivite?
O tratamento dos quadros de conjuntivite vai sempre depender do tipo que for diagnosticado pelo oftalmologista.
Um cuidado básico, recomendado nos três casos, consiste na limpeza das pálpebras com água ou soro fisiológico.
Mas confira abaixo os tratamentos mais comuns para cada tipo.
1. Conjuntivite viral
Esse tipo específico de conjuntivite costuma durar entre 4 e 7 dias e não costuma exigir um tratamento específico. No entanto, isso não dispensa a ida ao oftalmologista para confirmação do diagnóstico e as devidas orientações.
Geralmente são indicados colírios para a hidratação dos olhos, além da higienização das pálpebras ao longo do dia. As compressas frias e úmidas também costumam ser indicadas nos casos de possíveis desconfortos.
2. Conjuntivite bacteriana
Nesses casos, o objetivo do tratamento é combater a bactéria causadora da inflamação, sendo geralmente recomendado o uso de antibióticos em forma de colírios ou pomadas.
A duração média do quadro de infecção costuma ser de uma semana.
3. Conjuntivite alérgica
Nestes casos, medicamentos antialérgicos são usados para prevenir ou combater os quadros de alergia ocular.
Caso você faça uso de lentes de contato, suspenda imediatamente ao menor sinal de irritação nos olhos.
Tenha em mente que as crises alérgicas costumam ser recorrentes, sendo necessário tomar os cuidados básicos para a prevenção. O mesmo valendo para as conjuntivites de origem alérgica.
E os quadros costumam se agravar nos meses mais secos do ano, como no inverno.
Se a conjuntivite alérgica se tornar crônica e não forem tomados os devidos cuidados, pode vir a ocorrer opacificação da córnea, diminuição da capacidade da visão, podendo levar à cegueira.
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Como você pôde ver neste artigo, a conjuntivite é um quadro geralmente simples e de fácil tratamento, mas que pode complicar se não for cuidado logo e da maneira certa.
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