Sentir dor de cabeça é uma ocorrência relativamente comum, que vai ocorrer com mais de 90% da população em algum momento da vida.
Contudo, ainda que seja passageira e inofensiva na maioria dos casos, a dor de cabeça também pode ser sinal de alguma doença ou condição de saúde mais séria, que precisa de tratamento.
Além disso, ninguém gosta de sentir esse tipo de incômodo, especialmente se for frequente, não é mesmo?
Ainda que o diagnóstico definitivo deva ser dado por um médico, avaliar as características das suas crises pode ajudar a reduzi-las ou até evitá-las, e ainda servir de informações valiosas para o profissional que vai tratar você.
Por isso, listamos neste artigo 7 maneiras de avaliar sua dor de cabeça, a partir dos seus sintomas e características.
Confira!
Como aliviar a dor de cabeça
Aliviar a dor de cabeça é uma busca constante para muitos de nós, considerando que esse desconforto pode afetar significativamente nosso bem-estar. Existem várias estratégias que podem ser adotadas para reduzir ou eliminar a dor de cabeça, dependendo da sua causa e intensidade. Um método eficaz é tomar um analgésico de venda livre, como paracetamol, ibuprofeno ou ácido acetilsalicílico (aspirina), seguindo sempre as instruções da embalagem e sob a orientação de um profissional de saúde, se necessário.
Outra abordagem que pode trazer alívio é o repouso em um ambiente tranquilo e escuro, pois a exposição à luz e ao ruído pode agravar a dor de cabeça. Aplicar compressas frias ou quentes na testa ou na nuca também pode proporcionar alívio, dependendo da preferência pessoal. Além disso, é fundamental manter-se bem hidratado, pois a desidratação é uma causa comum de dor de cabeça. Evitar alimentos e bebidas que desencadeiam as crises, como cafeína em excesso, alimentos processados, ou bebidas alcoólicas, também é aconselhável.
Formas de avaliar sua dor de cabeça
Uma dica que pode ajudar você a avaliar sua dor de cabeça com mais precisão é registrar (sempre que possível) os momentos em que você a sentir.
Nesse registro, busque anotar as seguintes perguntas:
- Em quais horários costumam ocorrer?
- O que você estava fazendo quando a dor de cabeça surgiu?
- O ambiente onde você estava?
- Em qual região da cabeça a dor se concentra?
- Quais as características da dor?
- Qual a intensidade?
- Outros sintomas que acompanharam a dor de cabeça?
Com essas informações em mãos, o diagnóstico se tornará muito mais rápido até mesmo pelo seu médico, que terá um espelho fiel dos acontecimentos.
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Confira abaixo um detalhamento das informações colhidas no checklist acima:
1. Em quais horários costumam ocorrer?
Suas dores de cabeça costumam acontecer sempre no mesmo horário? Muitas pessoas sofrem com casos de cefaléia ao final do dia, por exemplo, reflexo do cansaço mental da realização de atividades.
Contudo, a dor de cabeça também pode estar associada a altos níveis de estresse durante o dia ou até mesmo a problemas oftalmológicos.
Afinal, se você tem miopia, astigmatismo, hipermetropia ou qualquer outro distúrbio oftalmológico que afete a nitidez da visão, seus olhos realizarão o dobro do esforço para que você possa enxergar com facilidade e concluir suas atividades.
Para quem sente dor de cabeça no início do dia, ao acordar, pode não estar dormindo o suficiente ou com a qualidade necessária para recuperar o corpo.
Logo, se você conseguir definir um horário específico para os episódios, fica mais fácil tentar definir qual dessas razões pode ser a responsável.
2. O que você estava fazendo?
Essa maneira de avaliação é muito ligada à primeira e busca avaliar a causa imediata que justifica a dor de cabeça secundária, isto é, aquela que é um sintoma em si e raramente motivo para preocupação.
Se você sente dor de cabeça sempre que está trabalhando, pode ser que esteja enfrentando um problema de estresse ou sofrendo com uma condição oftalmológica não diagnosticada.
Se o sintoma surge depois que você sai de casa e pega sol, pode ter relação com fotofobia (hipersensibilidade à luz) ou mesmo o calor na região em que você vive.
Se acontece sempre que você passa muitas horas sem comer ou beber água, pode ser por queda da sua glicose ou até desidratação.
Logo, busque sempre detalhar exatamente o que você estava fazendo, além do período do dia. Mesmo que pareça trivial a princípio, é essencial para diagnosticar a condição.
3. O ambiente onde você estava
Lugares muito quentes ou frios estão associados a casos de dores de cabeça. Essas condições agem diretamente sobre todo o corpo, causando tensão e desconforto.
Se você trabalha em um local que utiliza ar condicionado com muita intensidade durante todo dia, mas não se agasalha propriamente, pode apresentar dores de cabeça (entre outros sintomas).
O mesmo pode ser dito para ambientes muito quentes, já que o calor dilata os vasos da cabeça, causando dor.
Por fim, ambientes barulhentos e ou agitados também podem ser extremamente estressantes, colocando seu corpo em estado de alerta e tensão, favorecendo as dores.
Busque registrar no seu diário como estava o tempo naquele dia, se você estava com frio ou calor e qual era o estado do lugar em que se encontrava quando o desconforto surgiu.
Por que você deve procurar um oftalmologista?
4. Em qual região da cabeça a dor se concentra?
Conhecer a localização da dor de cabeça é um dos pontos cruciais para definir a sua origem. Se o incômodo for na parte da frente da cabeça, pode se tratar de um caso de sinusite.
A enxaqueca também é um problema que se manifesta de maneira unilateral, afetando um dos lados da cabeça ou a região frontal.
Se você bateu a cabeça recentemente, é importante avaliar se a dor se localiza no lado em que houve o trauma. Isso pode denunciar algo mais grave.
Quando a dor parece estar em “toda a cabeça” e se estende também para a nuca e ombros, pode ser um caso de cefaléia tensional, isto é, a dor de cabeça que sentimos quando estamos sob muita pressão ou estresse.
5. Quais as características da dor?
A dor de cabeça pode se manifestar de maneiras diferentes, passando tanto pelo “pulsar” (típico em casos de enxaqueca), sensação de peso (típico em casos de sinusite), pontadas agudas (típicas de dor de cabeça tensional), de aparição súbita, dentre outras.
Registre a “natureza” da sua dor da melhor maneira possível. Se ela não se enquadrar nas palavras e verbos apresentados neste artigo, descreva com suas próprias palavras.
Fazer comparações também pode ajudar o médico na hora do diagnóstico.
6. Qual é a intensidade?
A maioria das dores de cabeça se manifesta como um pequeno incômodo que pode nos deixar desconfortáveis e/ou irritados. Casos assim raramente estão associados a razões mais sérias.
Porém, se você sentir dificuldade para manter os olhos abertos, se a visão ficar turva ou se as dores forem intensas o suficiente para impedir que você realize suas atividades, pode ser motivo para preocupação.
Dores de cabeça intermediárias, que requerem uma pausa por alguns minutos, também são classificadas como acontecimentos comuns. Contudo, a tendência é que melhore em poucos minutos ou horas. Do contrário, é melhor ligar o sinal de alerta.
+ Veja também: problemas de vista que causam dor de cabeça e enxaqueca
7. Outros sintomas acompanharam a dor de cabeça?
Essa pergunta é muito importante, pois quase sempre é o divisor de águas entre uma ocorrência normal e uma manifestação adjacente de outra doença ou condição.
Busque registrar se você sentiu qualquer outro tipo de mal-estar como náuseas, tonturas, febre, visão embaçada, desmaios, dor em alguma outra parte do corpo, tosse, nariz entupido, entre outros.
É importante definir se a dor de cabeça foi algo isolado ou se veio acompanhada por alguma outra manifestação do seu corpo. Por isso, mesmo que não encontre o seu sintoma na lista, registre-o mesmo assim.
Quando procurar um médico?
Como mencionamos no início do artigo, a maioria dos casos de dor de cabeça é simples e não apresenta complicações. Assim que conseguir identificar a razão para o desconforto e removê-la, a tendência é que a dor de cabeça também desapareça.
Se for causada por hábitos, por exemplo, um pequeno ajuste na rotina pode fazer toda a diferença. Mas esse nem sempre é o caso.
Confira abaixo a lista de situações em que você deve procurar um médico para avaliar sua dor de cabeça profissionalmente:
- É constante: você sente incômodo todos os dias e não consegue identificar ou amenizar os casos.
- Começa “do nada”: sendo impossível identificar um fator motivador, além disso é uma dor muito intensa e debilitante.
- Vem acompanhada de outros sintomas: quaisquer sejam, indicam que o organismo está prejudicado de alguma forma.
- Sempre acontece quando você faz algum esforço físico: seja subir escadas ou praticar atividades mais intensas, como musculação e spinning.
- É forte o suficiente para te acordar durante a noite.
- Afeta também os olhos: se os seus olhos doem durante as crises de dor de cabeça, pode ser a manifestação de glaucoma, por exemplo.
- Ocorre em idades incomuns: não é comum em crianças ou adolescentes, por exemplo.
- Aparece depois de um acidente ou trauma na cabeça: ainda que você não tenha batido a cabeça, pode ser uma indicação de que algo não anda bem.
Dores de cabeça: se for o caso, procure o oftalmologista
Em muitos casos, problemas de visão podem ser a causa para dores de cabeça, especialmente aqueles que ocorrem ao final do dia, após o trabalho ou estudos.
Se esse é o seu caso, considere buscar uma avaliação com um oftalmologista. Além de diagnosticar possíveis problemas nos seus olhos, esse profissional também pode acabar identificando outros problemas de saúde por meio do exame do fundo do olho, por exemplo.
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