Você já ouviu falar de pterígio (carne no olho)? Talvez você não conheça esse nome, mas já tenha visto alguém com uma pequena “carne” crescida no canto do olho, que pode se estender até a córnea.
Esse é o pterígio, uma doença ocular que afeta milhões de pessoas no mundo, especialmente em regiões de clima tropical e seco.
Mas o que é o pterígio, quais são os seus sintomas, riscos e opções de tratamento?
Neste artigo, você vai descobrir tudo o que precisa saber sobre essa condição que pode prejudicar a sua visão e saúde ocular.
Acompanhe!
Afinal, o que é pterígio (carne no olho)?
O pterígio, popularmente conhecido como “carne no olho”, é uma condição caracterizada pelo crescimento anormal de um tecido fibrovascular e translúcido na conjuntiva, a membrana transparente que reveste a parte branca do olho.
Esse tecido costuma crescer lentamente em direção ao centro do olho e em formato de triângulo, podendo se estender até a córnea e causar sérios problemas de visão ao portador. A doença é mais comum em pessoas com idade entre 20 a 40 anos e idosos. Além disso, normalmente atinge mais homens do que mulheres. Contudo, o pterígio pode surgir em qualquer idade.
Na maioria dos casos, o pterígio não causa sintomas, exceto pelo incômodo estético de ter uma membrana crescendo no canto do olho. Conforme a doença evolui, alguns sinais começam a se manifestar. De modo geral, os sintomas do pterígio incluem:
✅ Visão turva;
✅ Irritação ocular;
✅ Vermelhidão nos olhos;
✅ Sensação de corpo estranho nos olhos;
✅ Fotofobia;
✅ Lacrimejamento;
✅ Coceira nos olhos;
✅ Ardência nos olhos.
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Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do pterígio é feito por meio de exame clínico ocular realizado por um oftalmologista, além de outros exames complementares, como:
✅ Avaliação da superfície ocular: análise da conjuntiva e da córnea para investigar a presença, tamanho, localização e grau de inflamação do pterígio, bem como possíveis alterações na superfície da córnea.
✅ Testes de acuidade visual: avaliação da capacidade de enxergar letras, números ou símbolos para verificar se o pterígio está afetando a visão e se há necessidade de correção óptica.
✅ Documentação fotográfica do olho: registro de imagens do olho por meio de fotos, a fim de documentar o aspecto do pterígio e acompanhar a sua evolução ao longo do tempo.
✅ Topografia de córnea: medição da curvatura da córnea para verificar se o pterígio está causando astigmatismo ou outras alterações na forma desta estrutura.
Quais são as causas e possíveis riscos do pterígio?
Ainda não se sabe exatamente o que causa o pterígio, mas existem alguns fatores que contribuem para seu surgimento ou progressão. Os principais fatores são:
✅ Exposição excessiva à luz solar, já que a radiação ultravioleta (UVA e UVB) pode danificar as células da conjuntiva e estimular o crescimento anormal de tecido sobre a córnea. Por isso, o pterígio é mais comum em pessoas que vivem em regiões de alta incidência solar ou que trabalham ao ar livre.
✅ Exposição ao vento, poeira, areia, poluição, fumaça e produtos químicos, fatores que podem ressecar, irritar ou inflamar a superfície ocular, o que favorece o desenvolvimento do pterígio.
✅ Fatores genéticos: o pterígio também pode surgir devido a uma predisposição hereditária, ou seja, acometer pessoas que têm familiares com a doença.
Apesar de ser uma lesão benigna, indolor e não infecciosa, o pterígio pode trazer diversos riscos para a visão e a saúde ocular, se não for tratado adequadamente.
Um desses riscos é a vista embaçada e distorcida, que acontece conforme a doença avança em direção à córnea. Caso se aproxime da área central da córnea, o pterígio pode causar astigmatismo severo, um tipo de erro refrativo onde a pessoa tem dificuldade para enxergar tanto de perto quanto de longe. Se atingir a córnea, o problema pode levar à perda da visão no olho afetado.
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É possível prevenir a carne no olho?
A prevenção do pterígio é baseada em medidas que visam proteger os olhos dos fatores que podem favorecer o seu surgimento ou progressão. Como a exposição solar excessiva é a principal causa da doença, o uso de óculos de sol com lentes que bloqueiam os raios ultravioleta (UVA e UVB) é fundamental, pois diminui o contato da conjuntiva e da córnea com a radiação solar. É importante ressaltar que os óculos devem ser usados sempre que houver exposição ao sol, mesmo em dias nublados ou no inverno.
Além disso, usar chapéus, bonés, viseiras ou outros dispositivos que criem sombra sobre os olhos também é importante para prevenir o pterígio e devem ser utilizados em conjunto com os óculos de sol, especialmente em ambientes de alta luminosidade ou ventilação.
Assim como evitar agentes que ressecam, irritam e inflamam a conjuntiva, como vento, poeira, areia, poluição, fumaça e contato com produtos químicos. Para isso, é recomendado manter uma boa higiene ocular. Isso significa lavar frequentemente os olhos com água filtrada, evitar coçar ou esfregar os olhos e usar óculos de proteção em ambientes com risco de contaminação.
Existe tratamento para o pterígio (carne no olho)?
Enquanto o pterígio não causar desconforto e se manter como uma pequena lesão, não há necessidade de se realizar qualquer tipo de tratamento.
Já nos casos em que a condição ocular provoca irritação ou inflamação, o médico oftalmologista pode indicar tratamento à base de colírios lubrificantes, anti-inflamatórios ou antibióticos, que aliviam os sintomas e previnem complicações.
Quando a lesão se encontra em estágios mais avançados e afetam a visão, estética ou qualidade de vida do paciente, é recomendado realizar um procedimento cirúrgico, que consiste na remoção do pterígio por meio de uma técnica que preserva a integridade da córnea e da conjuntiva, evitando o progresso da doença e o comprometimento dos olhos.
No entanto, mesmo com a cirurgia o pterígio pode voltar. Nessas situações, é necessário refazer o procedimento para remover a lesão.
Como vimos no artigo, o pterígio é uma lesão ocular que se desenvolve de forma lenta e progressiva. Dessa forma, o acompanhamento oftalmológico regular é essencial, tanto para avaliar a evolução da doença quanto para evitar que a vista do paciente seja comprometida.
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