Entre os diversos riscos trazidos pelo diabetes, a retinopatia é um dos mais graves, já que pode levar à perda total (e irreversível da visão), caso o problema não seja controlado.
Uma das alternativas para esse problema é o uso de laser especiais. Porém, devido ao uso que se fazia desse recurso há muitos anos, criou-se o mito, em algumas pessoas, de que o tratamento a laser para retinopatia diabética não era a melhor opção.
Neste conteúdo vamos te explicar de onde vem esse receio, como é feito o tratamento hoje e os benefícios que ele pode trazer, quando bem indicado pelo oftalmologista!
Afinal, o que é a retinopatia diabética?
A retinopatia diabética (RD) é uma das possíveis consequências do diabetes mellitus não controlado, tanto do tipo 1 quanto do tipo 2, em que ocorre um comprometimento de pequenos vasos da retina, região dos olhos cujo objetivo é formar as imagens e enviá-las ao cérebro.
Essa condição em geral ocorre em situações de descontrole dos níveis de glicose ou mesmo em casos de longa data.
Quadros de hiperglicemia causam diversas alterações do organismo e podem levar a instabilidades na vascularização da retina, com possíveis rompimentos de vasos, resultando em sangramentos ou vazamento de fluidos na região da retina.
Para saber mais detalhes sobre a retinopatia diabética, você pode conferir este outro conteúdo.
Mitos sobre tratar retinopatia diabética com laser
Na década de 1970, o laser era usado, como se diz na medicina, como “medida heroica”, que é quando se tenta um tratamento como última alternativa, em que todas as outras já foram descartadas.
Por conta disso, a taxa de pacientes que não tinham um bom resultado na visão com o uso do laser era alta; não porque o laser não funciona, mas sim por serem casos já bastante avançados e com poucas chances de sucesso.
Quando indicado nas condições ideais, o laser tem grande eficácia para tratar inúmeros problemas visuais, incluindo a retinopatia diabética.
Além disso, com novas tecnologias e técnicas, estudos e formas de aplicação, o laser se tornou um fator crucial nesse e em diversos outros tratamentos oculares.
Outro mito é que os procedimentos a laser são demorados e dolorosos. Na verdade, não. Esse procedimento é indolor, e o paciente consegue ir para casa no mesmo dia, sem que a sua rotina seja afetada.
Muitos se questionam também se, para fazer o tratamento a laser para retinopatia diabética, é necessário levar corte no olho. Novamente, a resposta é não. Tanto para esse quanto para qualquer outro tratamento a laser, não é necessário fazer nenhum tipo de corte.
Veja também: O que é Hipermetropia
O que mudou nos tratamentos?
Houve grandes avanços na medicina, tanto nas técnicas quanto nos equipamentos utilizados.
Hoje há novas formas de aplicação, a exemplo da fotocoagulação focal e da fotocoagulação panretinal, que permitem tratar a doença de forma mais eficaz nos seus mais diferentes estágios.
A fotocoagulação focal é indicada para tratar pequenas áreas de dano na retina, enquanto a fotocoagulação panretinal pode tratar áreas mais amplas. Ambas as formas de aplicação utilizam laser, mas o comprimento de onda e a intensidade da luz variam de acordo com o tipo de tratamento necessário.
O laser “seca” os neovasos e reduz o inchaço macular.
Afinal, funciona tratar retinopatia diabética com laser?
Apesar de a retinopatia diabética não ter cura, com o tratamento adequado – especialmente quando feito no tempo certo – é possível evitar a perda total (e irreversível) da visão.
Sendo o diabetes a causa da retinopatia diabética, a principal forma de tratamento da doença é o controle da glicose no sangue.
Contudo, dependendo do estágio em que se encontra a retinopatia, pode ser necessário o uso de medicamentos ou a realização de cirurgia para resolver complicações ou evitar o agravamento da doença.
Uma dessas opções é a cirurgia a laser, que pode ser eficaz nos casos de retinopatia diabética proliferativa – uma fase mais avançada da doença.
Vale lembrar que o laser não irá curar a retinopatia, mas poderá evitar complicações (como hemorragias e descolamento de retina), com consequente perda total da visão.
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Por isso, se você é diabético, é fundamental manter o controle regular dos seus níveis de glicose, para que não se elevem de forma prolongada ou frequente e, assim, elevem o risco de uma retinopatia diabética.
Além disso, pacientes com diabetes de longa data têm um risco aumentado para esse problema ocular. Nesse sentido, recomenda-se um acompanhamento regular com oftalmologista, para avaliar a saúde da sua retina e de outras estruturas oculares.
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