O colírio anestésico é um medicamento utilizado na oftalmologia com o propósito de anestesiar a superfície ocular para a realização de diversos procedimentos.
Sua aplicação facilita exames, diagnósticos e tratamentos, pois diminui a dor e proporciona conforto ao paciente, além de permitir que os oftalmologistas possam realizar esses procedimentos com mais precisão e segurança.
Neste artigo, você vai entender para que serve o colírio anestésico, quais suas indicações de uso e as precauções que devem ser tomadas ao se utilizar a solução.
Acompanhe!
Definição e função do colírio anestésico
O colírio anestésico é uma solução oftálmica destinada à aplicação direta nos olhos, com o objetivo de anestesiar temporariamente a superfície ocular.
Seu uso ocorre com mais frequência em procedimentos oftalmológicos para aliviar a dor e o desconforto durante exames e intervenções, já que diminui a sensibilidade dos olhos e proporciona uma sensação de dormência na área onde é aplicado.
A ação do colírio anestésico se dá pelo bloqueio temporário da geração e propagação de impulsos nervosos na região dos olhos. Dessa forma, os nervos responsáveis pela sensibilidade são inibidos, o que resulta na interrupção dos sinais de dor transmitidos ao cérebro.
Isso é feito com a utilização de componentes como tetracaína, proparacaína ou lidocaína, ingredientes ativos conhecidos por sua capacidade de anestesiar rapidamente.
Com efeito quase imediato após a aplicação, esse tipo de colírio permite aos profissionais de saúde realizar exames e cirurgias oftalmológicas sem causar dor ao paciente.
A duração do efeito anestésico varia conforme o tipo de colírio e a concentração da substância ativa, e pode durar de 10 a 30 minutos.
Indicações de uso do colírio anestésico
Os colírios anestésicos são indicados principalmente para procedimentos oftalmológicos conduzidos por profissionais de saúde especializados no cuidado com os olhos, assim como em situações clínicas bastante específicas.
As principais recomendações de uso da substância são:
Cirurgias
A anestesia por meio de colírios costuma ser aplicada antes de procedimentos cirúrgicos, como cirurgia de catarata ou cirurgia refrativa.
Além disso, também são importantes para operações menores, como a remoção de corpos estranhos, suturas na superfície ocular e outras intervenções que possam causar desconforto ocular.
A anestesia tópica permite que esses procedimentos sejam realizados de maneira mais confortável e eficiente.
Exames oftalmológicos
Durante certos exames oftalmológicos, o uso do colírio anestésico é necessário para evitar desconforto ao paciente.
Alguns exemplos são a tonometria (medição da pressão intraocular), gonioscopia (exame do ângulo da câmara anterior do olho) e a retirada de amostras de tecido conjuntivo.
Alívio da dor
Em casos de lesões ou outras condições oculares que necessitam de alívio imediato da dor, o colírio anestésico é uma opção eficaz.
Pacientes com abrasões corneanas, úlceras ou queimaduras químicas se beneficiam do efeito analgésico temporário proporcionado pelo colírio até que o tratamento definitivo possa ser realizado.
Diagnóstico de doenças oculares
Os colírios anestésicos também são utilizados com frequência durante o diagnóstico de doenças oculares, com o objetivo de facilitar a coleta de amostras de células da conjuntiva ou tecidos para biópsias, por exemplo, e até mesmo na realização de testes que possam causar desconforto, como o teste de Schirmer (avaliação da produção lacrimal) e a angiografia com fluoresceína, onde é necessário aplicar uma substância corante no olho.
Veja também: Cirurgia refrativa em Brasília (DF): Como é feita e recuperação
Benefícios e precauções
Um dos principais benefícios do colírio anestésico é a eliminação da dor durante intervenções que poderiam ser desconfortáveis.
Isso não apenas melhora a experiência do paciente, mas também permite que os oftalmologistas possam realizar exames e tratamentos com mais precisão e segurança, sem a resistência ou movimento involuntário do paciente.
Além disso, a anestesia tópica evita a necessidade de anestesia geral ou injeções anestésicas, o que reduz riscos e complicações associados a esses métodos.
Apesar dos benefícios, é importante que o uso do colírio anestésico seja feito com cuidado e supervisão de um profissional de saúde qualificado. Isso porque, a utilização prolongada da solução oftálmica pode provocar graves consequências para a saúde ocular.
Entre os principais riscos do uso excessivo de colírio anestésico, estão:
- Atraso na cicatrização de feridas ou lesões nos olhos, o que aumenta o risco de infecções;
- Reações alérgicas aos componentes do colírio;
- Irritação nos olhos;
- Visão turva temporária;
- Toxicidade ocular, que ocorre devido a exposição excessiva a substâncias normalmente não tóxicas e pode levar à erosões ou úlceras na córnea;
- Mascaramento de sintomas, já que a anestesia nos olhos pode esconder sinais de doenças mais graves, dificultando o diagnóstico e o tratamento adequado.
É essencial informar ao oftalmologista qualquer efeito adverso que ocorra após a aplicação do colírio.
Veja também: Cirurgia de Catarata: Como é feita e Recomendações
Aplicações e orientações
A aplicação do colírio anestésico deve ser feita diretamente na superfície ocular, de acordo com as orientações do oftalmologista.
Geralmente, é administrado uma gota de cada vez para anestesiar o olho antes de um procedimento. O paciente deve inclinar a cabeça para trás, puxar suavemente a pálpebra inferior para formar uma bolsa e aplicar a gota diretamente no saco conjuntival.
Após a aplicação, o paciente deve manter os olhos fechados por alguns segundos para permitir que o colírio se espalhe uniformemente. Em alguns casos, pode ser necessário aplicar mais de uma gota, conforme a indicação médica.
Além disso, deve-se evitar esfregar os olhos após a administração do colírio, pois a ausência de sensibilidade pode levar a lesões inadvertidas. Também é importante proteger os olhos de possíveis traumas e não se expor a ambientes com poeira ou vento forte.
Vale a pena ressaltar mais uma vez que o colírio anestésico é indicado para uso em procedimentos e exames oftalmológicos específicos, não sendo recomendado para alívio contínuo da dor ocular sem a supervisão de um oftalmologista, pois a aplicação prolongada da substância pode acarretar sérios problemas à visão.
Por isso, é fundamental seguir todas as recomendações do médico e comparecer às consultas de acompanhamento para garantir a recuperação adequada e a prevenção de possíveis complicações.
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