O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, celebrado em 13 de dezembro, serve para reafirmar os direitos dos indivíduos com limitações permanentes de visão, além de conscientizar a sociedade acerca das questões referentes à inclusão, preconceito e discriminação.
A data, instituída em 1961, já foi conhecida como Dia Nacional do Cego. A substituição do nome ocorreu porque a deficiência visual não se resume apenas à cegueira, mas também à baixa visão.
Confira os parágrafos abaixo para aprender mais sobre o tema!
Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual
Segundo o último censo do IBGE, em 2010, cerca de 18,6% dos brasileiros possuem alguma forma de deficiência visual. Desse total, 6,5 milhões apresentam deficiência visual severa, sendo que a perda total da visão afeta 506 mil, o equivalente a 0,3% da população.
Além disso, 6 milhões afirmam ter grande dificuldade para enxergar (3,2%).
Os números são bastante significativos, não é mesmo? Por isso, o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual é tão importante.
A finalidade da data é pôr em destaque a reflexão sobre as pessoas que possuem problemas para enxergar, que são cidadãos com direitos iguais a qualquer outro, portanto necessitam de respeito e da garantia de acessibilidade em todos os ambientes.
Os cuidados com os olhos são necessários em todas as etapas da nossa vida, para prevenir problemas precoces ou graves que podem, inclusive, levar à deficiência visual.
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O que é (ou não) considerado deficiência visual?
Conforme mencionamos no começo do texto, a deficiência visual não é sinônimo de cegueira, e vale ressaltar também que os erros refrativos (miopia, astigmatismo ou hipermetropia) não são considerados deficiência visual, pois podem ser corrigidos por meio do uso de lentes ou cirurgias.
Entenda melhor as diferenças conceituais entre cegueira e baixa visão:
- Cegueira: é a condição de perda total de visão, levando a pessoa a necessitar de sistemas que verbalizam textos em dispositivos para leitura e escrita, assim como do sistema Braille.
- Baixa visão: ocorre quando o indivíduo tem a função dos olhos comprometida parcialmente, ou seja, consegue enxergar ou é capaz de executar algumas tarefas, com um resíduo visual.
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Evite expressões capacitistas
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Não devemos esquecer que quando quando o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual foi criado, em 1961, um dos seus intuitos era reduzir o desconhecimento sobre a realidade das pessoas com esse tipo de condição.
Embora o assunto seja muito mais popular agora que naquela época, infelizmente para muitos ainda pode causar estranheza ou discriminação, resultando no que chamamos de “capacitismo”.
Esse termo define o equívoco de presumir que pessoas com deficiência são incapazes, assim como uma postura de superioridade em relação a elas, expressa por meio de atitudes ou mesmo expressões preconceituosas.
As expressões capacitistas estão presentes em nosso cotidiano, mas não são manifestadas de forma explícita, porém de maneiras sutis, mas que impactam negativamente na vida de pessoas com deficiências, sejam visuais ou não, reforçando estereótipos de exclusão.
Daí a importância de datas como o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual.
Por essa razão o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) elaborou uma tabela para orientar sobre o assunto, rumo à inclusão.
Veja alguns exemplos de frases capacitivas, no âmbito da deficiência visual, com suas respectiva sugestão:
- Em vez de dizer “Você está cego?”, prefira frases como “O que eu quero te mostrar está bem ali”. A primeira expressão relaciona o ato de não enxergar a desatenção ou dissimulação.
- Em vez de “Fiquei cego de ódio”, prefira “Fiquei com muita raiva”. A raiva é um sentimento negativo, portanto, não há razão para ser confundida com alguma deficiência.
- Em vez de “Em terra de cego quem tem olho é rei”, prefira “No meio da ignorância, quem sabe pouco domina”. As pessoas cegas não são inferiores, e essa é a ideia que o ditado acima nos passa.
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Rever comportamentos e falas, certamente, é um passo a mais para a inclusão de pessoas com deficiência.
Os problemas visuais causam um grande impacto na vida das pessoas com esse tipo de condição, mas com atitudes de mais empatia, podemos tornar a vida dessas pessoas mais digna e inseridas nas atividades do dia a dia.
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