Cirurgia para hipermetropia: indicações e procedimento

Cirurgia de hipermetropia

A hipermetropia é um dos distúrbios refrativos mais comuns no Brasil e no mundo, atingindo cerca de 34% da população brasileira em 2019, de acordo com relatórios do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)

Ao contrário da miopia, na hipermetropia a dificuldade está em enxergar objetos próximos. Isso acontece principalmente devido a problemas anatômicos no globo ocular que, por ser menor, resulta na refração dos raios de luz atrás da retina. 

Felizmente, a cirurgia de hipermetropia pelas técnicas a laser é hoje uma realidade acessível, segura e bastante eficiente para a correção definitiva desse tipo de problema refrativo.

Ainda assim, uma das formas de tratamento mais comuns para a hipermetropia continua sendo o uso contínuo de óculos ou lentes de contato com grau. Apesar de ser uma forma de contornar o problema, esses recursos não resolvem o problema e ainda geram diversos inconvenientes no dia a dia, como o tira e põe de óculos e as alergias e irritações causadas pelas lentes.

Neste artigo você vai conhecer as indicações e como é feita a cirurgia refrativa para correção da hipermetropia!

Hipermetropia: Como funciona a cirurgia?

As cirurgias refrativas para hipermetropia são procedimentos realizados por meio de modernos equipamentos que, através de laser especiais, modificam o formato da córnea para que os raios de luz captados pelos olhos sejam corretamente direcionados para a retina. 

As cirurgias refrativas a laser são hoje procedimentos extremamente seguros e eficientes, indicados após criteriosa análise das condições apresentadas pelo paciente.

Para a realização do procedimento, é necessária apenas anestesia local, com uso de um colírio anestésico. A cirurgia é rápida, levando cerca de 10-20 minutos, e o paciente já pode ir para casa logo após o procedimento, sem necessidade de internação. 

Atualmente existem duas modalidades de cirurgias refrativas que podem ser utilizadas para corrigir a hipermetropia: LASIK e PRK. 

LASIK

Pela técnica LASIK, é feita uma pequena incisão (flap) na parte externa da córnea, possibilitando a aplicação do laser diretamente na camada interna. 

O procedimento não é recomendado para pacientes que apresentem uma córnea muito fina, sendo esse um dos critérios avaliados previamente pelo oftalmologista antes de indicar a realização do procedimento. 

Devido à precisão do laser aplicado no procedimento, associado ao anestésico local, o procedimento não provoca dor no paciente, nem durante nem após a cirurgia. O que pode ocorrer é uma leve fotossensibilidade nas primeiras horas e a sensação de estar com a visão um pouco turva ou nublada. 

Esses efeitos são normais e passam em pouco tempo. Também podem ser aliviados pela prescrição de colírios e medicamentos pelo médico oftalmologista. 

Saiba mais: O que é hipermetropia? Descubra as causas e os sintomas

PRK

É o procedimento mais recomendado no tratamento de pacientes que tenham córneas mais finas. 

No PRK, ao invés de uma incisão, ocorre a remoção total e temporária da córnea por meio de um procedimento chamado desepitelização corneana.

Após o procedimento, são colocadas lentes de contato para substituir temporariamente a camada retirada da córnea. Essas lentes irão proteger os olhos de infecções, microorganismos e poeira do ambiente.

Por ser um procedimento um pouco mais invasivo, o pós-operatório da cirurgia PRK costuma ser um pouco mais demorado e incômodo que o da técnica LASIK. O paciente também poderá experimentar dor leve ou moderada nos olhos, que pode ser controlada mediante o uso de analgésicos.

Saiba mais: Cirurgia refrativa a laser: o que é e como funciona

Hipermetropia: Quando é indicada a cirurgia?

Geralmente para graus muito baixos de refração, não costumam ser indicadas as cirurgias refrativas. Sendo os óculos ou as lentes de contato (no caso de adultos) as opções mais utilizadas para contornar o problema.

Porém, como dissemos, somente as cirurgias são capazes de realmente resolver a alteração definitivamente. 

Para realizar o procedimento com segurança, existem algumas condições que devem ser observadas:

1. Maturidade física

Durante a infância e a adolescência, ocorrem mudanças físicas, inclusive nas estruturas do globo ocular. Por conta disso, é consenso entre os oftalmologistas que é preferível aguardar até que o paciente atinja a maturidade física, a fim de evitar que futuras mudanças venham a alterar os resultados conseguidos através da cirurgia.

Sendo assim, geralmente a idade recomendada para indicação da cirurgia é por volta dos 21 anos. No entanto, cada caso é avaliado individualmente pelo cirurgião para fazer a indicação ou não do procedimento.

2. Ter grau estabilizado há pelo menos 1 ano

A eficiência de quase 100% das cirurgias refrativas se deve, em parte, a uma avaliação muito criteriosa feita antes do procedimento. Nessa avaliação o médico leva em conta diversos fatores, a fim de garantir a segurança e a efetividade do procedimento.

Por essa razão, a indicação cirúrgica não é feita caso o médico verifique que o grau da hipermetropia não tenha ainda se estabilizado. Nesses casos, a orientação é aguardar e manter o acompanhamento, até que o grau não apresente alterações por ao menos 1 ano. 

3. Não apresentar outros problemas oculares

A realização de procedimentos cirúrgicos em olhos acometidos por algumas doenças oculares pode agravar o problema, prejudicar ainda mais a visão ou reduzir a eficácia do procedimento.

Por isso, o procedimento não é recomendado caso o paciente seja diagnosticado com alguns problemas oculares, como conjuntivite, blefarite, ceratite, úlcera de córnea, ceratocone, dentre outros.

Leia mais: 10 doenças nos olhos mais comuns que você deve conhecer

4. Não ultrapassar o grau máximo indicado

Além de todas as condições citadas acima, um outro fator pode ser determinante para a indicação ou não da cirurgia refrativa a laser para tratamento da hipermetropia: o grau apresentado pelo paciente.

Para que o procedimento cirúrgico possa ser eficaz e trazer os benefícios esperados ao paciente, a indicação é de que a hipermetropia não seja superior a 5 graus. Acima disso, o procedimento pode não conseguir fazer as alterações necessárias na córnea do paciente.

Veja também: Com quantos graus de miopia pode fazer cirurgia

Hipermetropia: Quais os cuidados antes e após a cirurgia?

Com o intuito de garantir maior eficiência e segurança, a cirurgia refrativa deve seguir algumas diretrizes antes e após a sua realização. Confira o que você deve ficar atento no pré e pós-operatório. 

Pré-operatório 

Uma das primeiras etapas do pré-operatório para cirurgias refrativas é a realização de uma série de exames recomendados pelo seu oftalmologista. Confira alguns deles:

  • Topografia da córnea: analisa a curvatura corneana.
  • Paquimetria: avalia a espessura da córnea.
  • Mapeamento da córnea: possibilita uma análise mais profunda do globo ocular. 

Além disso, outros exames complementares também podem ser realizados, a critério do oftalmologista:

  • Pentacam: também conhecido como tomografia da córnea.
  • Pupilometria: medição do diâmetro da pupila em ambientes pouco iluminados. 

Apesar de ser um procedimento cirúrgico simples e de baixo risco, não deixa de ser um procedimento cirúrgico. Por isso, recomenda-se que o paciente se alimente de maneira leve na noite anterior, mantenha o uso de seus medicamentos de uso regular e compareça no dia sem maquiagem, no caso das mulheres. 

Pós-operatório de cirurgia de Hipermetropia

Além de seguir as recomendações do oftalmologista, outros cuidados devem ser observados após a realização da cirurgia refrativa: 

  • Evitar esforços oculares como leitura, TV ou outras atividades que exijam nitidez de imagem, logo após a cirurgia.
  • Manter os olhos fechados ou tentar dormir nas primeiras horas após a cirurgia, pois é comum sentir sensação de areia ou lacrimejamento intenso após o procedimento.
  • Dormir com o protetor ocular no dia da cirurgia.
  • Usar corretamente as medicações prescritas (antibióticos, anti-inflamatórios e lubrificantes oculares).
  • Não levar as mãos aos olhos no dia da cirurgia.
  • Se ocorrer lacrimejamento, usar lenço de papel descartável e lavar bem as mãos antes de aproximá-las dos olhos.
  • Evitar a exposição solar direta nos primeiros meses e usar óculos escuros com proteção UVA e UVB sempre que sair de casa.
  • Evitar nadar ou tomar banho de piscina, lago, mar e sauna no primeiro mês.
  • Não utilizar maquiagem próximo aos olhos nas primeiras semanas.
  • Não deixar escorrer espuma de sabonete ou shampoo nos olhos na 1ª semana após a cirurgia.
  • Evite aglomerações no primeiro mês pós-operatório para reduzir o risco de traumas oculares.

Veja também: 5 razões para não ter medo da cirurgia ocular

Onde fazer cirurgia de hipermetropia em Brasília?

Ao longo deste artigo, você pode conhecer um pouco mais sobre a cirurgia para hipermetropia, com suas indicações e como é feito o procedimento.

Você pôde ver também que as cirurgias refrativas são hoje a melhor opção para resolver definitivamente os problemas de refração, sendo procedimentos rápidos, pouco invasivos, eficazes e seguros.

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