6 exames oftalmológicos para avaliar a retina

xames para avaliar a retina

Nós, oftalmologistas, costumamos comparar os olhos humanos a uma máquina fotográfica, em que as lentes são a córnea e o cristalino, e o filme fotográfico seria a retina, localizada no fundo do olho. É lá que se formam as imagens que nós enxergamos.

Esta parte do olho é uma das mais importantes e delicadas porque, ao contrário de outras estruturas, como a córnea e o cristalino, não é possível substituir ou transplantar a retina, sendo a medicina capaz apenas de tratá-la e preservá-la na posição adequada.

Por conta dessas limitações, os exames para avaliar a retina e as consultas regulares ao oftalmologista representam os principais meios na proteção e no cuidado com essa região. 

Para saber quais são os 6 mais importantes exames para avaliar a retina, acompanhe este artigo e coloque seu check-up ocular em dia.

O que é retina? 

Retina é uma camada fina de tecido que fica no fundo do globo ocular. O tecido é responsável por transformar luz em estimulo nervoso e envia para o cérebro com o objetivo de formar a imagem. Podemos comprar ao filme em uma camera que captura a luz e transformar em foto. 

Os principais exames para avaliar a retina

1. Mapeamento da retina

Este é o primeiro exame que seu oftalmologista fará para começar a avaliar sua visão. É tão importante que praticamente todo mundo que já passou por uma avaliação oftalmológica já deve ter feito.

O exame avalia toda a extensão da retina e auxilia na prevenção de diversas doenças e alterações na região. Entram nessa análise a região central e periférica retiniana, o nervo óptico, o vítreo e os vasos sanguíneos.

Esse mapeamento é capaz de diagnosticar problemas como descolamento de retina, glaucoma, hipertensão ocular, inflamações, má formação ocular, problemas neurológicos, problemas no sangue e nos rins, retinopatia diabética e até mesmo tumores.

O exame é realizado por meio de um aparelho chamado oftalmoscópio binocular e, antes da avaliação, é necessária a dilatação da pupila, que é feita com uso de um colírio especial, 3 ou 4 vezes em cada olho, em intervalos de cerca de 5 minutos.

Apesar de ser indicado como exame regular para todas pessoas, ao menos uma vez ao ano, os pacientes com miopia, glaucoma (ou suspeita), diabetes, hipertensão ou que façam uso de medicamentos para problemas renais, como cloroquina ou corticóides, devem realizar o mapeamento em intervalos menores, de acordo com a orientação médica.

Devido à dilatação da pupila, no dia do exame o paciente precisa vir acompanhado de alguém capaz de auxiliá-lo na volta para casa.

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2. Fundoscopia

Trata-se de um exame simples e não invasivo, feito apenas com o auxílio de uma luz. Juntamente com o mapeamento de retina, é um dos mais comuns no consultório.

A fundoscopia, ou exame de fundo de olho, é importante para diagnosticar precocemente várias doenças, tanto oculares, como glaucoma, degeneração macular e câncer no olho, quanto outras doenças, como diabetes, hipertensão arterial e problemas nos rins.

Isso é possível porque, caso o paciente tenha algum problema envolvendo artérias, veias ou nervos, essas alterações podem aparecer no fundo do olho, sendo percebidas através do exame.

Este exame é um dos mais importantes para prevenir uma das consequências mais graves do diabetes: a cegueira. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 90% dos casos, isso poderia ser evitado com diagnóstico precoce e tratamento adequado.

O exame leva em torno de 10 minutos para ser feito, e também é necessária a dilatação da pupila, o que exige que o paciente venha acompanhado.

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3. Retinografia simples e panorâmica

A retinografia é um exame usado para mapear as estruturas dos olhos. A técnica registra fotografias em alta resolução, tanto da retina, quanto do nervo óptico e do fundo do olho.

Esse exame é geralmente recomendado para acompanhar ou diagnosticar problemas como glaucoma, miopia, alterações da mácula e problemas na retina. Pacientes com diabetes também têm indicação para realizar o exame.

O procedimento pode ser feito de duas formas:

  • Retinografia colorida simples: este exame é capaz captar imagens do nervo óptico e da parte central da retina, chamada de mácula, que é a parte responsável pela visão dos detalhes das imagens.
  • Retinografia colorida panorâmica: trata-se de um exame mais moderno, considerado uma evolução da retinografia simples, sendo capaz de capturar imagens de toda a retina, em 360°, permitindo ao médico ter uma visão mais ampla e com possibilidade de diagnosticar diversas doenças oculares.

Para realização do exame, o paciente se senta de frente a um aparelho chamado retinógrafo, que fotografa a retina com o uso de lentes de grande aumento, sendo avaliados ambos os olhos, um de cada vez.

Neste exame também pode ser necessária a dilatação das pupilas, mas somente se não for possível obter uma boa imagem do olho do paciente. Como pode ser necessário dilatar a pupila, também é exigida a presença de um acompanhante no dia do exame.

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4. Tomografia de coerência óptica (OCT)

Este é um dos exames mais modernos para avaliação de problemas oculares, e que permite ao oftalmologista diagnosticar diversos problemas oculares, dentre eles a degeneração macular relacionada à idade, retinopatia diabética e o glaucoma.

Outro problema que este exame detecta é o chamado edema de mácula, que se trata de um inchaço da retina, causado pelo diabetes.

Através desse exame, é possível obter imagens muito detalhadas de todas as camadas da retina e do nervo óptico, sendo possível fazer um diagnóstico muito mais precoce dessas doenças.

Para realização do exame, o paciente se senta posicionado de frente ao aparelho, sendo emitidos alguns raios de luz na direção dos olhos. O aparelho vai medir como esses raios luminosos se dispersam, a fim de gerar as imagens que serão avaliadas pelo médico.

Para realização do exame, poderá ou não ser necessário dilatar a pupila, mas isso vai depender do tamanho da pupila do paciente. Sendo assim, é solicitado que o paciente compareça acompanhado no dia do exame.

O procedimento é bastante rápido, não levando mais que 5-10 minutos.

5. Ecografia ou ultrassom ocular

Exame pouco conhecido, mas bastante importante, a ecografia ou ultrassom ocular é usada principalmente quando outros exames não conseguem avaliar as estruturas oculares, devido à falta de transparência da córnea ou pela presença de catarata.

Nos casos de pacientes com catarata, por exemplo, a função deste exame é mostrar ao médico se vai valer a pena ou não operar.

Em alguns casos, o paciente pode ter alterações importantes na retina (descolamento ou roturas) ou mesmo um glaucoma avançado, o que faria com que o resultado da cirurgia de catarata não fosse satisfatório.

Devido à presença da catarata, outros exames pré-operatórios, como o mapeamento de retina ou a retinografia, não permitiriam ao médico fazer essa avaliação, sendo possível somente com o uso do ultrassom.

Trata-se de um exame simples, rápido e indolor, que é feito com o paciente de olhos fechados, sendo aplicado um gel sobre as pálpebras, e o médico encosta um transdutor na região, que é semelhante ao usado em ultrassonografias de outras partes do corpo, só que menor.

O procedimento dura poucos minutos e não é necessário dilatar a pupila.

6. Angiofluoresceinografia panorâmica

Também conhecido como retinografia fluorescente, é o ultimo na nossa lista dos exames para avaliar a retina. Ele é indicado principalmente para avaliar doenças relacionadas ao fluxo sanguíneo do olho, que afetam as veias ou artérias da retina, como nos casos de pacientes diabéticos ou com trombose venosa profunda, sendo esses os pacientes com maior indicação de realizar o exame.

Para realizar o exame, primeiro é feito o acesso em uma veia da mão ou do braço do paciente, por onde é injetado um corante chamado fluoresceína sódica, que vai circular pelo corpo do paciente até chegar à região do olho, preenchendo os vasos da retina e mostrando possíveis alterações.

Hoje já é possível usar esse corante por via oral, o que facilita principalmente para pacientes com dificuldade de acessar as veias, como idosos ou crianças.

Os principais problemas investigados pelo exame são:

  • traumas na retina;
  • retinopatia diabética ou hipertensiva;
  • tumores no olho;
  • edema de mácula;
  • coroidopatia serosa central;
  • inflamações;
  • oclusões vasculares.

Também neste exame, é necessário o uso de colírio para dilatar a pupila, a fim de facilitar a visualização das veias e artérias da retina, e só depois é introduzido o corante.

O exame é feito com o paciente posicionado de frente para um aparelho chamado angiógrafo, que faz uma série de imagens de alta resolução do fundo do olho. Essa avaliação leva cerca de 10-20 minutos.

Também neste exame, a necessidade de dilatar a pupila torna necessária a presença de um acompanhante para auxiliar o paciente na saída.

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Exames oftalmológicos complementares

Os exames oftalmologista auxiliam no diagnóstico de doenças como degeneração macular, glaucoma, ceratocone, exames oftalmológicos e outras doenças. Por esse motivo separamos alguns exames complementares: 

  1. Mapeamento de retina
  2. Optomap
  3. Angiofluoresceinografia
  4. Retinografia
  5. Ultrassom
  6. Paquimetria ultrassônica
  7. Tomografia de coerência óptica
  8. Topografia de Córnea ou Ceratoscopia Computadorizada
  9. Microscopia especular da córnea
  10. Ecobiometria
  11. Pentacam
  12. Curva de pressão ocular
  13. Potencial de acuidade macular (PAM)

Ter uma visão saudável é um cuidado diário 

Neste artigo, você conheceu 6 mais importantes exames para avaliar a retina e identificar possíveis problemas relacionados a ela. Mas para ter uma visão saudável de verdade, a atenção com seus olhos precisa ir além disso.

Dentre os cuidados mais importantes que você precisa ter todos os dias, estão:

  • consumir os alimentos considerados “amigos da visão”, como cenoura, peixes, azeite, ovos, dentre outros;
  • tomar água em quantidades adequadas para favorecer a hidratação dos olhos;
  • não expor os olhos ao sol sem proteção;
  • não usar colírios e medicamentos sem orientação médica;
  • evitar coçar ou tocar os olhos, para evitar lesões ou contaminações;
  • evitar longos períodos olhando para telas de celulares e computadores.

Além desses cuidados, que devem fazer parte da sua rotina diária, outro hábito muito importante é o de manter uma frequência regular de consultas e exames. A gente sabe que todo tratamento de saúde tem resultados muito melhores quando é feito mais cedo.

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