A presbiopia é uma condição ocular que costuma afetar a maioria das pessoas a partir dos 40 anos e se caracteriza pela dificuldade de focar em objetos próximos. Um dos sinais mais conhecidos do problema é a “síndrome do braço curto”, que acontece quando pessoas que nunca tiveram problemas de visão começam a afastar certos objetos para conseguir ler.
De acordo com o Relatório Mundial sobre a Visão, da Organização Mundial da Saúde (OMS), a presbiopia atinge aproximadamente 1,8 bilhão de pessoas em todo o mundo, e pode comprometer a qualidade de vida, produtividade e bem-estar de quem sofre com a doença.
Por isso, é essencial compreender os sintomas, fatores de risco e opções de tratamento disponíveis para lidar com essa condição. Neste artigo, você vai entender mais sobre o problema e descobrir se existe cirurgia para presbiopia.
Acompanhe!
O que é presbiopia?
A presbiopia, também conhecida como vista cansada, é um tipo de erro refrativo caracterizado pela dificuldade de focar objetos próximos, como livros, celulares e computadores, que acontece naturalmente conforme o avançar da idade.
Esse erro ocorre porque, quando somos jovens, o cristalino — a lente natural do olho — é flexível e pode mudar de forma para ajustar o foco para objetos próximos ou distantes. No entanto, com o passar dos anos, o cristalino perde sua elasticidade e se torna mais rígido e espesso. Dessa forma, o ajuste de foco não é mais feito, o que leva a presbiopia.
É importante ressaltar que a presbiopia é diferente da miopia, da hipermetropia e do astigmatismo, que também são erros refrativos, mas causados por irregularidades na forma da córnea ou do olho, e que podem ocorrer em qualquer idade.
Quais são os sintomas da presbiopia?
Os sintomas da presbiopia costumam aparecer com maior frequência a partir dos 40 anos de idade. O sinal mais comum desta condição ocular é a visão desfocada e a chamada “síndrome do braço curto”, que acontece quando pessoas que nunca tiveram problemas de vista começam a afastar os objetos para ler ou enxergar.
Além disso, o esforço para conseguir ver imagens com nitidez pode causar enxaqueca, ardência ocular e vista cansada.
Outros sintomas comuns da presbiopia são:
- Dificuldades no trabalho e queda da produtividade;
- Fadiga ocular;
- Visão borrada;
- Manchas de visão de perto;
- Dificuldade em enxergar com pouca luz;
- Dor ao redor dos olhos;
- Vermelhidão e lacrimejamento;
- Dores de cabeça;
- Dificuldade em enxergar letras e imagens muito pequenas.
Fatores de risco
A presbiopia é uma condição natural e inevitável do envelhecimento do olho, e quase todas as pessoas apresentarão algum grau desse problema no futuro.
No entanto, existem alguns fatores que podem aumentar o risco do desenvolvimento precoce da doença, como:
- Histórico familiar de presbiopia ou outros erros refrativos;
- Doenças como diabetes, hipertensão, anemia, doenças cardiovasculares e autoimunes;
- Uso de medicamentos, como antidepressivos, antialérgicos, anti-histamínicos ou diuréticos;
- Exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV);
- Tabagismo.
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Cirurgia para presbiopia
O tratamento da presbiopia pode ser realizado de três formas: uso de óculos de grau, lentes de contato ou realização de procedimento cirúrgico.
O óculos de grau é uma opção rápida e prática para corrigir o problema, mas também pode ser uma barreira para quem não se adapta ao uso do dispositivo. Já as lentes de contato são uma boa alternativa para os pacientes que não gostam de óculos, além de serem mais adaptáveis para cada caso. A desvantagem é que demandam um cuidado maior com a higiene, já que ficam em contato direto com a superfície do globo ocular.
A cirurgia é uma opção de tratamento que visa corrigir a presbiopia de forma definitiva, eliminando assim a dependência de óculos de grau ou lentes de contato. Com uma média de 95% de sucesso, o procedimento pode ser realizado de duas formas: cirurgia refrativa a laser ou a cirurgia de implante de lentes intraoculares.
1. Cirurgia refrativa a laser
A cirurgia refrativa a laser é um procedimento rápido, seguro e que não requer internação. O objetivo da operação é corrigir a córnea e fazer com que as imagens visuais sejam formadas com precisão e nitidez. Os três principais métodos para realizar a cirurgia refrativa a laser são:
LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis)
O Lasik é realizado por meio de um corte na camada anterior da córnea, o que permite a aplicação do laser na camada interna. Com isso, a superfície a ser cicatrizada é menor, causando menos desconforto no pós-operatório. A cirurgia tem duração média de 15 minutos e o paciente é liberado no mesmo dia, onde já é possível observar uma melhora na visão dentro de algumas horas.
A recuperação visual também é rápida, já que o pós-operatório não costuma apresentar problemas. A claridade dos primeiros três dias pode ser resolvida com o uso de um óculos escuro. Além disso, deve-se usar um colírio antibiótico por três semanas, evitar movimentos bruscos que possam causar algum trauma e não entrar no mar ou em piscinas.
PRK (Photorefractive Keratectomy)
No PRK, a aplicação do laser para corrigir o erro de refração é feita na superfície da córnea, através da remoção de uma fina camada de pele chamada epitélio. Por isso, o processo de recuperação é mais extenso e pode vir acompanhado de dor, apesar da cirurgia durar cerca de 10 minutos.
O pós-operatório requer um pouco mais de cuidados, e colírios antibióticos são necessários durante a cicatrização, pois uma importante barreira de defesa está se formando. Alguns riscos após o procedimento são infecções, lesões e alterações da visão. Dessa forma, é recomendado o uso de lentes protetoras e óculos especiais para dormir, além de precauções especiais com a água.
Técnica SMILE (Small Incision Lenticule Extraction)
Mais moderna e menos incisiva que as opções apresentadas acima, a técnica Smile é feita em uma única etapa e com apenas um tipo de laser, o Femtossegundo, que realiza o tratamento na parte interna da córnea e não é influenciado por condições ambientais da sala cirúrgica, tais como umidade e temperatura, nem por hidratação de cada córnea.
A vantagem da técnica Smile é que não há flap (corte lamelar na córnea), como acontece no Lasik. Assim, o trauma da cirurgia é minimizado, a incidência de olho seco diminui e as alterações na estrutura da córnea são reduzidas. Da mesma forma, não é necessário remover o epitélio — técnica usada no PRK — , o que minimiza o desconforto logo após a cirurgia e diminui o tempo de recuperação.
Com uma incisão menor, há menos risco de infecção e a cicatrização ocorre de maneira mais rápida.
2. Cirurgia de implante de lentes intraoculares
A cirurgia de implante de lentes intraoculares para corrigir a presbiopia é um procedimento que consiste na substituição do cristalino danificado por uma lente artificial.
As próteses são inseridas no interior do olho por meio de um procedimento cirúrgico simples, e a operação pode ser feita em conjunto com a cirurgia de catarata, caso o paciente tenha as duas condições.
É essencial realizar consultas periódicas com um oftalmologista — especialmente a partir dos 40 anos, quando as visitas devem ocorrer pelo menos uma vez ao ano — para monitorar a saúde ocular e discutir a melhor opção de tratamento nos casos de presbiopia ou outros erros refrativos.
Veja a diferença entre a cirurgia Smile, PRK e Lasik!
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