A miopia caracteriza-se pela dificuldade para enxergar claramente imagens distantes, o distúrbio visual refrativo mais comum em todo o mundo.
Outros sintomas também costumam estar associados, como dores de cabeça, lacrimação constante e até tonturas, podendo prejudicar bastante a qualidade de vida.
De acordo com o primeiro relatório mundial sobre a visão, publicado pela OMS em 2020, cerca de 2,6 milhões de pessoas sofrem com esse distúrbio ao redor do mundo. No Brasil, as estatísticas apontam que cerca de 27% da população são míopes, de acordo com estimativa global da Academia Americana de Oftalmologia.
A miopia geralmente começa a se manifestar entre a infância e a adolescência, podendo apresentar variações e aumentos expressivos de grau até a vida adulta, quando então costuma se estabilizar.
Neste artigo você vai conhecer as características, diferenças e opções de tratamento da miopia leve, moderada e grave. Confira!
Qual é o grau de miopia?
Por meio do exame de refração, o oftalmologista é capaz de definir o quadro de miopia em 3 diferentes níveis, que são:
- Miopia leve: -0,25 graus a -3 graus.
- Miopia moderada: -3,25 graus a -6 graus
- Miopia grave ou alta: maior que -6 graus.
Quanto mais elevado o grau (ou dioptria), maior será a dificuldade para enxergar imagens mais distantes com nitidez. Pessoas diagnosticadas com miopia leve muitas vezes podem até conseguir ter uma rotina sem muita dificuldade, devido à capacidade de adaptação dos olhos e do cérebro.
Porém, com o passar do tempo, caso o problema não seja tratado, mesmo a miopia leve pode levar a outros problemas na visão, por causa do esforço a mais que a pessoa faz para conseguir enxergar.
Por isso, mesmo que seu grau seja baixo, é importante manter o acompanhamento com o oftalmologista, para monitorar a evolução do quadro.
Em casos de miopia grave, a visão fica profundamente comprometida, muitas vezes sendo impossível que a pessoa consiga até mesmo caminhar com segurança, sem o auxílio de óculos ou lentes de contato.
Essa condição também traz uma maior chance de a pessoa desenvolver doenças oculares mais sérias, como descolamento da retina, degeneração da mácula, glaucoma, catarata e outros.
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Como é a visão de quem tem miopia?
A principal explicação para a miopia é uma alteração no formato do globo ocular, que faz com que as imagens sejam formadas antes da retina.
Muitos estudos associam essa alteração a questões genéticas. Assim, uma pessoa cujos pais sejam míopes terá chances maiores de também ser míope do que uma pessoa sem esse fator genético.
Além das diferenças de graus, também existem diferentes tipos de miopia, de acordo com as alterações anatômicas do globo ocular.
Conheça os diferentes tipos:
- Miopia congênita: como o próprio nome diz, é a alteração mióptica já desde o nascimento. Geralmente costuma evoluir para alterações de grau mais elevadas.
- Miopia axial: esse tipo de miopia está relacionada a um globo ocular mais alongado e costuma provocar alterações mais acentuadas (miopia grave).
- Miopia de curvatura: o tipo mais comum de miopia e geralmente é causada por uma córnea ou cristalino com curvatura mais acentuada.
- Miopia secundária: tipo mais frequente em pessoas com mais idade e costuma estar associada a descolamento e degeneração do cristalino.
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Riscos do aumento de grau
O grau da miopia costuma se estabilizar no início da vida adulta, por volta dos 18 aos 21 anos e, a partir daí, não costuma mudar. No entanto, alguns hábitos cotidianos modernos têm trazido alterações nos graus de miopia, mesmo na idade adulta.
Temos percebido uma relação entre o uso constante de dispositivos eletrônicos (celulares, computadores e tablets), com longos períodos olhando para telas com luzes artificiais, e o aumento de grau em pessoas míopes.
O passar dos anos e a perda natural da flexibilidade do cristalino também podem causar um aumento de grau após os 18 ou 21 anos.
No entanto, na maior parte dos casos, aumentos expressivos de grau estão associados principalmente a fatores genéticos.
A miopia não é classificada como uma doença, mas pode levar ao desenvolvimento de condições mais sérias se chegar a graus muito altos. Por isso, é essencial estar em dia com suas consultas oftalmológicas e exames regulares.
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É possível corrigir a miopia?
Nos casos de miopia, o nível da alteração é um dos fatores mais importantes para definição da melhor conduta a ser adotada.
Em geral, nos casos mais discretos (miopia leve), até cerca de 1 grau, as opções mais escolhidas são os óculos e as lentes de contato, ou mesmo não usar qualquer recurso, caso a alteração não cause tanto impacto na vida cotidiana.
Para as miopias de grau moderado, o paciente pode receber também a indicação de óculos ou lentes de contato, mas já são candidatos com muita indicação de fazerem a cirurgia refrativa para correção definitiva da alteração.
Já para os casos mais avançados (acima de 6 graus), será o exame oftalmológico que irá definir se esse paciente é candidato ou não a uma cirurgia corretiva, uma vez que graus muito elevados podem contraindicar a realização do procedimento.
Para quem está atrás de uma solução definitiva, as cirurgias refrativas podem ser a melhor escolha. Com quase 100% de taxa de sucesso, esse procedimento corrige a anatomia do olho, por meio do uso de aparelhos a laser altamente sofisticados.
Atualmente existem 3 modalidades de cirurgias refrativas que podem ser utilizadas na correção da miopia. São elas: SMILE, LASIK E PRK. Dentre elas, a técnica SMILE é a mais moderna atualmente, trazendo o máximo de conforto, segurança e precisão.
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Miopia e o acompanhamento oftalmológico
Neste artigo você conheceu as diferenças entre a miopia leve, moderada e grave, bem como suas diferenças, riscos e opções de tratamento.
Em todos os casos, o passo mais importante é o acompanhamento médico adequado desde cedo. Problemas oculares podem muitas vezes evoluir para questões mais graves e reduzir as chances de tratamento. Por isso a importância das consultas e exames.
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