É só ver alguém com os olhos avermelhados e inchados que muita gente já se afasta dizendo “ih, é conjuntivite!”. Mas nunca é recomendado fazer esse tipo de diagnóstico com “achismos”.
Os sintomas dessa doença são diversos e podem se manifestar de diferentes formas. Por isso, é essencial que um médico examine caso a caso.
No entanto, é importante atentar para os sinais a fim de procurar um profissional o mais rápido possível. Hoje vamos esclarecer o que é a conjuntivite, seus sintomas e como evitar o contágio. Confira!
O que é a conjuntivite?
A conjuntivite é uma doença caracterizada pela inflamação da membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra – conhecida como conjuntiva. A disfunção é causada por agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus.
O tempo seco e a chegada do verão favorece o aparecimento da conjuntivite, uma vez que esse clima contribui para o surgimento de alergias e de olho seco. Tal ambiente proporciona ainda a proliferação de vírus e bactérias.
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Em relação à doença, existem dois tipos: a viral, altamente contagiosa; e a bacteriana, que pode ocorrer após um ferimento nos olhos. Há ainda um tipo mais raro, causado por fungos que, sem tratamento, pode até levar à cegueira.
Em geral, a conjuntivite compromete os dois olhos, mas não necessariamente ao mesmo tempo. Além disso, a maioria não deixa sequelas. Entretanto, se não for tratada, ela pode comprometer a função visual.
Quais os sintomas de conjuntivite nos olhos?
Os sintomas da conjuntivite variam de acordo com o tipo da doença, mas alguns são comuns a todos:
- Hiperemia (vermelhidão) de um ou ambos os olhos
- Secreção
- Inchaço nas pálpebras
- Intolerância à luz
- Visão embaçada ou borrada.
- Desconforto persistentes
- Dificuldade em abrir os olhos ao acordar
- Lacrimejando
Nos casos bacterianos, a secreção é espessa, amarelada ou esverdeada e abundante. Se tratada adequadamente, demora de 5 a 7 dias para sumir. Já no caso viral, o corrimento é mais esbranquiçado, em pequena quantidade e, com tratamento adequado, demora aproximadamente de 15 a 20 dias para desaparecer.
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O que fazer para melhorar os sintomas da conjuntivite?
Existem vários tipos de conjuntivite e formas de tratamento, mas em geral, para aliviar os sintomas da conjuntivite, pode-se colírios lubrificantes, lágrimas artificiais, soro fisiológico, compressas sobre as pálpebras e limpe os olhos com frequência.
Leia mais sobre como tratar a conjuntivite no artigo: Conjuntivite: o que é e como tratar?
Diagnóstico e tratamento
Ao perceber os primeiros sintomas, agende uma consulta com um oftalmologista! No consultório, será analisada a história clínica do paciente, quais os sintomas apresentados, e o médico realizará a biomicroscopia, uma avaliação feita com lâmpada de fenda, pois é necessário coletar material ocular para estudo laboratorial.
Alternativas que não foram indicadas por um médico, como o uso de colírios, podem diminuir as defesas do organismo e deixar os olhos ainda mais propícios à proliferação dos vírus. Por isso, não faça nada sem orientação de um oftalmologista.
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Para evitar a propagação da conjuntivite viral é ideal:
- Lavar as mãos com frequência e evitar colocá-las nos olhos para não proporcionar a recontaminação;
- Tentar não coçar os olhos para diminuir a irritação da área;
- Evitar a exposição à agentes irritantes, como fumaça, e/ou alérgenos, como o pólen, que podem causar a conjuntivite.
Também é importante não usar lentes de contato enquanto estiver com a doença; não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite; e evitar piscinas.
No caso da conjuntivite bacteriana, além dos cuidados já citados, e após o diagnóstico médico, deverão ser utilizados colírios e antibióticos. É importante ressaltar que as mãos devem ser limpas antes e depois do uso de colírios ou pomadas e que os fracos não devem ter contato com os olhos.
Proteja-se!
Algumas medidas podem ajudar a diminuir o risco de adquirir uma conjuntivite. Entre elas estão: não usar maquiagem de outras pessoas e não emprestar a sua; evitar compartilhar toalhas de rosto; lavar as mãos com frequência e não colocá-la nos olhos.
Quem trabalha com produtos químicos também deve ficar atento à transmissão e sempre usar óculos de proteção.
Para finalizar, é bom reforçar: não use medicamentos, como pomadas ou colírios, sem prescrição médica ou indicados por terceiros!
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