Inúmeros problemas podem afetar nossos olhos e que podem ser tratados de diferentes formas – desde apenas cuidados em casa, outros com medicação e alguns apenas com cirurgia.
Se você tem percebido – ou já recebeu diagnóstico – algum problema de visão, pode estar se perguntando agora quais as opções disponíveis para tratá-lo. Já adiantamos que, mesmo que seja preciso, as técnicas cirúrgicas oftalmológicas são hoje extremamente modernas, seguras e eficientes; como no caso das cirurgias a laser.
Mas se você quer saber quais problemas nos olhos precisam de cirurgia (e quais não), confira os próximos parágrafos para entender. Boa leitura!
Quais problemas nos olhos precisam de cirurgia?
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É importante citar que, em alguns dos casos que veremos a seguir, a opção pela cirurgia não é por ser o único tratamento possível, mas muitas vezes por ser a alternativa de melhor resultado ou por ser a única que traga uma solução definitiva.
Já em outros casos, o tratamento cirúrgico é, sim, a única alternativa para resolver o problema. Confira os casos:
1. Problemas refrativos
Classe de alterações visuais que inclui miopia, hipermetropia e astigmatismo, os problemas refrativos são causados por uma deformação no formato da córnea, levando às alterações, seja para ver de perto, de longe ou ambas.
Apesar desses problemas poderem ser contornados com o uso de óculos ou lentes de contato, as cirurgias refrativas a laser são a única solução definitiva para resolver realmente esses problemas. E o melhor: resolvem em quase 100% dos casos.
Para isso, é usado um laser especial para corrigir a deformação na córnea. Essas cirurgias são rápidas, minimamente invasivas e permitem que o paciente retome suas atividades no dia seguinte.
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2. Catarata
Catarata é a perda progressiva da transparência do cristalino, a lente natural dos olhos. Esse problema afeta principalmente pessoas mais velhas (mas que pode também afetar pessoas jovens), o que faz com que a visão vá ficando embaçada e opaca, até não ser mais possível enxergar.
Esse é um daqueles casos em que a cirurgia é o tratamento de escolha, já que se trata de uma condição progressiva que, se não for interrompida cirurgicamente, torna-se cada vez mais grave, podendo inclusive levar à cegueira.
A cirurgia de catarata consiste em remover o cristalino danificado e substituí-lo por uma lente artificial transparente. A cirurgia é rápida, segura e não requer internação.
👉 Saiba mais sobre a catarata, seus sintomas, riscos e tratamentos neste outro artigo.
👉 Veja também: Cirurgia de catarata dói?
3. Descolamento de retina
Condição oftalmológica de emergência, em que a camada sensível à luz no interior do olho, chamada de retina, se separa da sua posição normal e podem ser de diferentes tipos, como descolamento regmatogênico, tracional ou exsudativo.
Os principais sintomas incluem o aparecimento repentino de flashes de luz, visão de pontos escuros ou sombras, visão turva ou distorcida e perda parcial ou total da visão em um ou ambos os olhos.
O descolamento de retina é considerado uma emergência médica e requer tratamento imediato para prevenir danos permanentes à visão. O tratamento de escolha é a cirurgia para reposicionar a retina.
4. Glaucoma
Glaucoma é uma neuropatia óptica relativa ao aumento da pressão intraocular. Quadros iniciais podem ser controlados com o uso de colírios específicos que controlam essa hipertensão.
Já nos casos mais avançados, é necessária a realização de cirurgia para reduzir a pressão ocular e preservar a visão.
5. Pterígio
O pterígio é uma condição ocular que provoca um crescimento anormal de tecido na conjuntiva – camada fina e transparente que cobre a parte branca do olho. Esse crescimento geralmente se desenvolve a partir do canto interno do olho em direção à córnea.
O pterígio pode ser causado por exposição crônica à luz solar intensa, poeira, vento, irritantes químicos ou predisposição genética. Os principais sintomas incluem vermelhidão, irritação, sensação de corpo estranho no olho e visão borrada, dependendo da gravidade.
Embora o tratamento inicial do pterígio possa envolver o uso de colírios ou lubrificantes oculares para aliviar os sintomas, a cirurgia é frequentemente necessária quando a condição causa desconforto significativo ou ameaça a visão.
6. Tumores oculares
Formações anormais de células que podem se desenvolver na região dos olhos, incluindo as pálpebras, conjuntiva, íris, retina e nervo óptico, os tumores podem ser benignos (não cancerosos) ou malignos (câncer).
Existem diferentes tipos de tumores oculares, como o melanoma de coróide, o retinoblastoma e o carcinoma de células escamosas da conjuntiva.
Em alguns casos, os tumores oculares podem precisar de cirurgia para serem tratados. A cirurgia pode ser necessária para remover completamente o tumor, realizar uma biópsia para diagnóstico ou preservar a visão e a estrutura do olho afetado. O tipo de cirurgia e a abordagem dependem do tipo, tamanho, localização e estágio do tumor, bem como das necessidades individuais do paciente.
7. Ceratocone
O ceratocone é uma condição em que a córnea assume uma forma cônica, causando distorção visual.
O tratamento inicial costuma ser com medicamentos, mas pode precisar de cirurgia. Em casos avançados, pode ser indicado o transplante de córnea, para corrigir a deformação. Outras opções incluem o uso de anéis intracorneanos ou crosslinking corneano, que fortalece a córnea.
8. Blefaroplastia
Blefaroplastia é uma cirurgia estética para correção das pálpebras superiores e inferiores. Apesar de não ser um problema nos olhos, pode reduzir a visão periférica e pode ser tratada pelo oftalmologista.
É feita a remoção do excesso de pele, gordura e músculo das pálpebras.
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Quais problemas nos olhos NÃO precisam de cirurgia?
Abaixo, uma lista com os problemas oculares que não necessitam, maior parte dos casos, de cirurgia:
1. Estrabismo
O estrabismo é uma condição que deixa os olhos desalinhados e pode gerar desconforto para o paciente quando afeta a autoestima ou a qualidade de vida. No geral, essa condição não precisa de cirurgia.
O tratamento ou correção pode ser feito com o uso de tapa-olho para alinhamento dos dois globos. Em casos nos quais a questão estética torna-se um incômodo para o paciente, pode ser optado pela cirurgia.
2. Olho seco
O olho seco é uma condição em que a produção inadequada ou rápida evaporação das lágrimas resulta em desconforto, irritação e visão embaçada.
O tratamento geralmente envolve o uso de colírios lubrificantes para aliviar os sintomas. Em casos mais graves, colírios ou pomadas com componentes que estimulam a produção de lágrimas podem ser prescritos.
3. Conjuntivite
A conjuntivite é uma condição em que a conjuntiva – membrana que reveste a parte branca dos olhos e a superfície interna das pálpebras – fica inflamada. Essa inflamação pode ser desencadeada por vírus, bactérias, alergias ou agentes irritantes.
O tratamento depende da causa subjacente. Para conjuntivite viral, indica-se geralmente repouso ocular, compressas frias e colírios lubrificantes.
Colírios antibióticos podem ser prescritos para conjuntivite bacteriana, e colírios antialérgicos ou anti-histamínicos podem ser indicados para conjuntivite alérgica.
4. Blefarite
A blefarite é uma inflamação das bordas das pálpebras causada principalmente por disfunção das glândulas sebáceas na região.
O tratamento envolve a higiene adequada das pálpebras, como a limpeza cuidadosa com compressas mornas e suaves e a remoção de crostas ou resíduos.
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Agora que você já sabe quais problemas oculares que precisam de cirurgia e quais não, o mais importante é contar com uma avaliação especializada para ter um diagnóstico preciso e confiável.
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